O assunto mais falado no mundo durante a semana é a saída dos duques de Sussex da realeza britânica. Meghan Markle e o príncipe Harry afirmam que desejam buscar “independência financeira” e viver longe da monarquia, no Canadá. Mas, afinal, da onde vem o dinheiro do casal?
O site dos Sussex informa que 95% do orçamento de Meghan e Harry vêm do Ducado da Cornualha, a propriedade privada do príncipe Charles, que já deixou claro que não tem fundos ilimitados. O Ducado é um vasto portfólio de investimentos imobiliários e financeiros, que gerou apenas em 2019, 25,3 milhões de euros (cerca de R$ 117 milhões).
O príncipe Charles paga as despesas dos deveres públicos de Harry e Meghan, assim com as dos duques de Cambridge, William e Kate, e ainda garante algumas das despesas privadas. Quando Meghan ingressou na família real, o financiamento foi de 5,8 milhões de euros. Apesar de serem “patrocinados” pelo Ducado da Cornualha, cerca de 5% do orçamento dos duques de Sussex têm origem na Subvenção Soberana, um mecanismo do qual o governo transfere dinheiro para a família real.
Harry também possui um grande riqueza pessoal deixada pela mãe, a princesa Diana. Estima-se que ele e irmão, William, receberam 15,2 milhões de euros quando a princesa morreu em um acidente de carro em 1997. Aos 30 anos, Harry recebeu ainda cerca de 12 milhões de euros de um fundo fiduciário criado por Diana. Além disso, sua bisavó, a rainha-mãe, deixou a Harry alguns milhões de libras.
Já Meghan tem a fortuna estimada em cerca de 4,5 milhões de euros, de acordo com os dados reunidos pelo site Town & Country. A duquesa foi atriz e ganhava cerca de 45 mil euros por cada episódio da série “Suits”. Ela esteve em 108 episódios. Ela ainda tem um blog sobre “estilo de vida” e criou uma linha de roupas em parceria com uma marca canadense.
Ao deixar de ser “membros seniores” da realeza, Harry e Meghan não receberão mais recursos financeiros da Subvenção Soberana e passam a viver de forma independente com seus próprios recursos. Apesar disso, ainda não se sabe se eles vão abdicar de outras fontes de financiamento. De acordo com a BBC, o casal deve continuar tendo a segurança da Polícia Metropolitana, financiada por contribuintes, mas os valores dessas despesas não são públicos.
Mesmo deixando a monarquia para trás, Harry e Meghan registraram a marca “Royal Sussex”, aplicando dezenas de itens e serviços. A conta conjunta no Instagram, tem mais de 10 milhões de seguidores, enquanto Meghan foi a pessoa mais pesquisada no Google no Reino Unido em 2019.
Mas e a rainha?
Muitos detalhes sobre a riqueza da rainha são públicos, mas sua exata fortuna é desconhecida, porque ela não é obrigada a revelar suas finanças pessoais. A principal fonte da receita é o Fundo Soberano, gerenciado pelo Crown Estate.
O Crown Estate foi criado em 1760, quando George III chegou a um acordo com o governo, que estabelece que o lucro desse patrimônio iria para o Tesouro e, em troca, o monarca receberia um pagamento anual, intitulado de Fundo Soberano. Na inglaterra, a rainha ou rei em exercício recebe do Tesouro, 25% dos lucros anuais do Crown Estate para pagar os custos com sua equipe, manutenção de propriedades, viagens e compromissos oficiais.
Grande parte do dinheiro da rainha, vem do Ducado de Lancaster, um portfólio de terras, propriedades e bens. Esse portfólio consiste em 18,4 hectares de terras na Inglaterra e no País de Gales. O chanceler do Ducado de Lancaster é quem administra as propriedades e aluguéis desse ducado.
A rainha ainda tem um portfólio de investimentos que consiste em ações de empresas britânicas consideradas mais confiáveis. A receita é de 110 milhões de libras. Além disso, ela possui uma coleção de selos, jóias, carros, cavalos deixados pela rainha-mãe.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
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