Politica

Diretório do PT discute estratégia para segundo turno municipal

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postado em 15/09/2008 16:45
O diretório nacional do PT está reunido em Brasília para discutir as estratégias do partido para o segundo turno das eleições municipais e definir quais campanhas terão, preferencialmente, reforço financeiro nesta reta final. A direção nacional do PT vai definir como prioritárias as campanha de petistas com grandes chances de vitória, como a de Marta Suplicy, em São Paulo, e também aquelas em que o partido ainda lutar para ir ao segundo turno, como a de Maria do Rosário, em Porto Alegre. Candidatos à reeleição, como Luizianne Lins em Fortaleza, ou que contam com poio do atual prefeito, como João da Costa em Recife, não terão dinheiro do diretório nacional. Para as campanhas já consideradas perdidas, como a de Alessandro Molon no Rio, o PT nacional vai injetar o mínimo de recursos, suficiente apenas para manter o programa eleitoral no rádio e na TV. Segundo o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, o diretório nacional inicia uma nova fase de distribuição de recursos para resolver "estrangulamentos" de algumas campanhas. "Independentemente da situação do candidato, se tem 4% ou 40%, o diretório nacional vai ajudar. Um pouco mais ou um pouco menos. Dependendo da situação, para garantir o básico, que é a presença do candidato e do PT na propaganda eleitoral", afirmou. Em julho, primeiro mês da campanha eleitoral, o PT arrecadou ; em doações diretas para o diretório nacional ; pouco mais de R$ 5 milhões. Sobre as cifras de agosto os petistas fazem mistério, mas a estimativa é que muito mais que dobrou esse montante inicial. É com esse dinheiro que o partido vai reforçar campanhas já escolhidas como preferenciais pelos doadores, como a de Marta Suplicy, que arrecadou só em agosto mais de R$ 4,6 milhões. "São Paulo é uma das cidades estratégicas para o PT nessas eleições. Mesmo com uma boa arrecadação, faremos tudo que puder, se necessário", explicou Paulo Ferreira. De acordo com o dirigente petista, o diretório nacional tem por regra não ajudar candidatos que já são prefeitos e que, na visão do PT, tem relações sociais e maiores condições de captar recursos, como é o caso de Luizianne Lins. Gleisi Hoffman, a petista que disputa a prefeitura de Curitiba em enorme desvantagem com o prefeito Beto Richa (PSDB) ; ele tem 71% de intenções de votos, e ela,15% ; não precisa de ajuda financeira do PT. Ex-diretora de Itaipi e mulher do ministro Paulo Bernardo (Planejamento), Gleisi foi uma das campeãs de arrecadação em agosto (excluindo São Paulo): R$ 3, 2 milhões, contra R$ 2,9 milhões para Richa. Ainda assim, Ferreira não descarta ajuda financeira para a campanha em Curitiba, considerada capital estratégica para o projeto político do partido. "É uma campanha muito importante para o partido, para as eleições futuras. Além de Gleisi ser um quadro de muito prestígio", afirmou.

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