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Lula: "Se não provarem R$ 1 na minha conta, serei um preso político"

Nessa terça-feira (7/3), o STJ negou, por unanimidade, um pedido de habeas corpus da defesa do ex-presidente

postado em 07/03/2018 17:27
Ex-presidente Lula

Um dia depois de ter um habeas corpus preventivo negado ; por unanimidade ; pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador (BA), que, "se não provarem um real na minha conta, terei que ser considerado um preso político". "E eles, então, terão que arcar com o preço de decretar minha prisão", acrescentou.
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Em 24 de janeiro, o petista foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso que envolve o tríplex do Guarujá. Menos de um mês depois, em 20 de fevereiro, a defesa do ex-presidente entregou um embargo de declaração. Após o julgamento do recurso, Lula pode ser preso. A última esperança dos advogados é um outro pedido de habeas corpus apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a prisão após a condenação em segunda instância. Além do caso do tríplex, o ex-presidente é réu em outros seis processos na Justiça Federal.

Ainda na entrevista, Lula afirma que não cogita deixar o Brasil ou pedir asilo político em alguma Embaixada. "Eu vou para a minha casa. Sou brasileiro, amo este país. Tenho certeza do que fiz por este país, tenho certeza do que posso fazer por este país e eles sabem que, neste momento, possivelmente, eu seja uma das poucas pessoas que possa consertar o estrago que eles fizeram", disparou o ex-presidente.
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Confirmado pelo PT como pré-candidato à Presidência da República, Lula disse, em tom de campanha, que é uma "unanimidade" e que poderia vencer as eleições no primeiro turno. Por isso, segundo o ex-presidente, seus adversários queriam tirá-lo da corrida eleitoral para ter "duas vagas em disputa". "A verdade é que eles não conseguiram construir candidatura por que não têm o que falar para o povo brasileiro. Gente que só fala em corte e toda vez que eles cortam é em prejuízo do povo. Ninguém fala em cortar nada dos ricos? É só dos pobres? É só dos trabalhadores? São quase 13 milhões de desempregados", avaliou.

"Como é que eu posso me conformar quando eu vejo uma elite perversa entregando esse país a meia dúzia de pessoas? [...] ;Ah, mas o mercado não quer o Lula;. Eu não vou pedir voto para o mercado. Se o mercado quiser votar nos outros, vota. Eu vou conversar com o povo brasileiro", concluiu o ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Planalto.

Confira a entrevista na íntegra:

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Próximos passos de Lula após a derrota no STJ

; O Tribunal Regional Federal da 4; Região precisa analisar os embargos de declaração, que foram interpostos pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva;

; Após a análise dos embargos, será possível dar início ao cumprimento da pena. Para que isso aconteça, o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, deve expedir um mandado de prisão;

; Um habeas corpus está na fila para ser avaliado pelos 11 ministros do STF. Não tem prazo para que isso ocorra;

; Os advogados de Lula informaram que vão ingressar com recurso especial, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mesma Corte que negou o habeas corpus;

; Caso o processo viole artigos da Constituição Federal, é possível ingressar com recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF);

; Se a prisão ocorrer antes que o habeas corpus seja votado no plenário do Supremo, é possível apresentar um novo pedido.

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