Politica

Após atentado, Prefeitura de Curitiba volta a pedir transferência de Lula

Em nova solicitação, prefeito diz que "o local oferece risco, transtorno à população, aos funcionários da PF e atrapalha rotina"

Thaís Cunha
postado em 28/04/2018 15:28
Lula está preso em cela especial na sede da Polícia Federal de Curitiba desde 7 de abril
A prefeitura de Curitiba reforçou, na tarde deste sábado (28/4), o pedido de transferência do ex-presidente Lula da sede da Polícia Federal da capital paranaense. Em nota, o prefeito Rafael Greca (PMN-PR), afirma que o local "oferece riscos e transtornos à população". Ele também destaca que a permanência de Lula em Curitiba "atrapalha a rotina e a prestação de serviços como a emissão de passaporte".
O novo pedido ocorreu após tiroteio que deixou duas pessoas feridas no acampamento Marisa Letícia, instalado próximo à sede da Polícia Federal em Curitiba. Segundo a Procuradoria Geral do Município, o atentado da madrugada deste sábado motivou manifestações com barreira de fogo, que interrompeu o trânsito na região por horas.
A prefeitura fez o pedido pela primeira vez em 12 de abril. No documento, a procuradora Vanessa Volpi destacava o "risco grave de lesão a ordem e segurança pública". Ela também afirmou: "O Município de Curitiba já exauriu as providências administrativas e judiciais". A esse pedido, o Ministério Público Federal emitiu parecer contrário. A decisão apontou que "é difícil afirmar a existência de outro local no Estado do Paraná que possa garantir o controle das autoridades federais"
Na última semana a Polícia Federal também protocolou um pedido de transferência. Segundo a PF, a manutenção de Lula no local tem gerado custos e transtornos. Os argumentos apontam riscos em relação às manifestações de 1; de Maio.

Lula cumpre a pena de 12 anos e um mês de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo que envolve triplex no Guarujá. Ele está instalado em cela especial de 15m;. Desde que o ex-presidente foi preso, em 7 de abril, apoiadores fazem vigília em dois acampamentos ao redor da sede da Polícia Federal.


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