Ingrid Soares
postado em 01/05/2018 21:23
Advogados do ex-presidente Lula rebateram a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) feita, nessa segunda-feira (30/4), por Raquel Dodge contra o petista. Segundo a defesa, Lula é vítima de ;lawfare;, que consiste no mau uso e no abuso das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política e pediu que a denúncia seja rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda de acordo com a defesa, a denúncia não aponta provas que indicam que Lula assinou o protocolo de entendimentos com a Angola com o objetivo de promover atos ilícitos da empresa Odebrecht.
"A delação premiada não tem o condão de provar qualquer fato e tampouco pode ser utilizada para fundamentar uma denúncia", ressaltam os advogados.
Na noite dessa segunda-feira (30), a defesa de Lula protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma reclamação contra a decisão do juiz Sérgio Moro que manteve em Curi/4tiba o processo do sítio de Atibaia. Eles pedem para que o processo das delações apresentados no caso Odebrecht sejam encaminhado à Justiça Federal de São Paulo.
No mesmo dia, em petição ao presidente do Tribunal Regional Federal da 4 ; Região (TRF-4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, a defesa de Lula pediu efeito suspensivo aos recursos especial e extraordinário encaminhados em 23 de abril ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Lula deixe a prisão.
O petista está preso desde o dia 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e 1 mês pela condenação no caso do triplex em Guarujá (SP). Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.