Politica

Ernesto Araújo será ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro

O diplomata era considerado para o cargo desde a campanha devido à sua simpatia ao governo do presidente norte-americano, Donald Trump

Hamilton Ferrari
postado em 14/11/2018 16:35
Diplomata Ernesto Henrique Fraga Araújo
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, em sua conta no Twitter, que o embaixador Ernesto Araújo será o próximo ministro das Relações Exteriores. A publicação foi feita na tarde desta quarta-feira (14/11). Segundo o tuíte de Bolsonaro, a política externa brasileira deve ser "parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje". O presidente eleito classificou o embaixador, de 51 anos, como "brilhante intelectual".

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Diplomata "trumpista"

Araújo é diplomata há quase 30 anos e dirige o Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty. Ele estava no radar de Bolsonaro desde a campanha presidencial, como noticiou o Correio no inicío de outubro. O diplomata agradou ao presidente eleito pelo alinhamento demonstrado com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

[SAIBAMAIS]Ele enviou à cúpula da campanha do então presidenciável o artigo Trump e o Ocidente, de sua autoria, que deixou os responsáveis pelo programa de governo e análises bem impressionados. ;O presidente Donald Trump propõe uma visão do Ocidente não baseada no capitalismo e na democracia liberal, mas na recuperação do passado simbólico, da história e da cultura das nações ocidentais;, afirma o texto. Bolsonaro é admirador confesso do presidente norte-americano.
Araújo também é conhecido por ter um blog onde não esconde seu apoio a Jair Bolsonaro. Na apresentação, o diplomata declara: ;Sou Ernesto Araújo. Tenho 28 anos de serviço público e sou também escritor. Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertar da ideologia globalista. Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. É um sistema anti-humano e anticristão;.

À frente do Itamaraty, Araújo será responsável por ditar as relações com outros países. Antes de assumir o Palácio do Planalto, Bolsonaro já criou atritos e desgastes com outros países. Caberá ao novo chefe do Itamaraty diminuir as turbulências no cenário internacional.

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