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Bolsonaro ignora lista tríplice e escolhe André Luiz Mendonça para a AGU

Doutor em direito, Mendonça é advogado da União. Na AGU, inclusive, já ocupou o cargo de corregedor-geral. Também representou a autarquia no Conselho da Transparência Pública e Combate à Corrupção

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou pelo Twitter, na manhã desta quarta-feira (21/11), o nome de André Luiz de Almeida Mendonça para o cargo de advogado-geral da União. A partir de 1; de janeiro, ele substituirá Grace Mendonça, indicada em 2016 por Michel Temer.
A única dúvida acerca do futuro advogado-geral da União é se ele terá status de ministro. Integrantes da equipe de transição não confirmam se a AGU manterá a patente de ministério. Até agora, há 11 nomes confirmados para a equipe ministerial do próximo governo (veja galeria com os principais nomes do próximo governo abaixo).
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O nome de Mendonça não constava na lista tríplice final entregue ao presidente eleito pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal ; entidade que abrange as carreiras de procuradores da Fazenda Nacional, advogados da União e procuradores Federais. Embora haja uma expectativa de que isso ocorra, o presidente não é obrigado a escolher um dos nomes apresentados na lista tríplice.

O novo advogado-geral até figurou na primeira etapa da lista, que tinha 10 nomes, mas não ficou entre os três finalistas, que foram a advogada da União Izabel Vinchon Nogueira de Andrade, o procurador da Fazenda Nacional Fabricio da Soller e o procurador federal Sérgio Bueno.

Mendonça é advogado da União. Na AGU, já ocupou o cargo de corregedor-geral. Também representou a autarquia no Conselho da Transparência Pública e Combate à Corrupção. Desde 2016, atuava como assessor especial do ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União.

Entre os destaques de sua atuação profissional, está a coordenação da negociação do acordo com o Grupo OK ; do empresário e senador cassado Luiz Estevão ;, em relação ao esquema envolvendo a construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP).

Na área acadêmica, o novo advogado-geral é doutor em direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, onde foi aprovado com avaliação máxima em uma tese sobre recuperação de ativos procedentes de corrupção.

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