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Entidades de advogados vão ao STF contra extinção do Ministério do Trabalho

Grupo, que impediu a posse de Cristiane Brasil como ministra do Trabalho, entrou, na noite de quarta-feira, com uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental contra o fim da pasta

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 03/01/2019 11:48
foto da fachada do Ministério do TrabalhoO Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (Mati), a Federação Nacional dos Advogados (Fenad) e a Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP) questionam no Supremo Tribunal Federal (STF) a extinção do Ministério do Trabalho, publicada em uma edição especial do Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (2/1). O grupo é o mesmo que questionou ; e acabou impedindo ; a nomeação de Cristiane Brasil para assumir o ministério no ano passado.
A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) N;561, apresentada ainda na quarta-feira, questiona a extinção e a distribuição de funções da pasta para outros ministérios, conforme prevê a Medida Provisória (MP) 870/2019. Segundo as entidades, a ação busca garantir "a manutenção, a preservação e a plenitude do papel constitucional do Ministério do Trabalho", além de barrar outras futuras iniciativas que visem a "reduzir ou minimizar a importância da Justiça do Trabalho brasileira".

No texto, as entidades destacam que a "tentativa de extinguir, fragmentar ou reduzir o status, a eficácia ou a importância das funções do Ministério do Trabalho revela, na verdade, nítida violação dos primados basilares do trabalho".

Ao lembrar o decreto de Getúlio Vargas, em 1930, que criava o Ministério do Trabalho, a ADPF também afirma que os direitos trabalhistas ascenderam numa constante, o que teria contribuído para uma distribuição mais ampla da justiça social e a maximização da qualidade de vida da população.

"Basta dizer que dali surgiram a CLT, a Justiça do Trabalho, o FGTS, o 13; salário, o vale transporte e tantos outros importantes instrumentos de valorização do trabalhador e redução dinâmica das desigualdades sociais", argumentam.

Em nota divulgada na internet, o Mati e o AATSP disseram que a MP é um "prenúncio", uma preparação para a extinção da Justiça do Trabalho, "reduzindo seu papel e sua atuação".

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Inconstitucional

Em 30 de novembro, um parecer do Ministério do Trabalho apontou que a extinção da pasta . Um eventual desmembramento e dissolução das atribuições da pasta prejudicaria a realização de ações que geram emprego e renda.




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