Deborah Fortuna
postado em 23/01/2019 16:27
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, tornou a falar sobre os desafios do combate à corrupção no Brasil. Ao se reunir com o presidente Jair Bolsonaro e e investidores internacionais, o ex-juiz federal lembrou dos principais pontos da Operação Lava-Jato e das consequências dos desvios de dinheiro público para o país.
"Quando a corrupção é disseminada, afeta a eficiência da economia. E talvez uma das razões pela qual a economia do Brasil patina há vários anos, não seja só decisões economicamente equivocadas, mas igualmente a disseminação dessas práticas de corrupção", afirmou durante o almoço de trabalho denominado "O Futuro do Brasil", nesta quarta-feira (23/1).
Segundo o ministro, a corrupção também afeta a confiança da população em instituições políticas e, a um nível mais profundo, a descrença até mesmo da democracia. "Mas vamos reconhecer que nenhum outro país tenha feito mais do que o Brasil nos últimos anos contra a corrupção", afirmou.
Moro lembrou os processos que teve acesso enquanto era juiz da 13; Vara Federal de Curitiba e ressaltou a prisão de caciques políticos, como congressistas, diretores de empresas e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citá-lo nominalmente. Também comentou a grande "honra" que foi receber o convite de Bolsonaro para integrar o governo. "Eu confesso que não relutei tanto. Vi nisso a oportunidade de levar esse enfrentamento à corrupção e também a essa outra criminalidade para um nível mais elevado. A possibilidade de dentro do governo federal, o Brasil adotar políticas mais gerais e consistentes", afirmou.
No cenário atual, Moro considera que o Brasil vive um "momento de restauração de confiança muito relacionado ao novo governo" e garantiu que continuará atuando contra a impunidade e contra a corrupção dentro do governo. "Isso vai facilitar com que nosso Paulo Guedes e também os demais ministros possam realizar um grande trabalho nas suas respectivas áreas", completou.
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