Politica

Metade dos brasileiros acha que filhos interferem nas decisões de Bolsonaro

Pesquisa da CNT/MDA mostrou ainda que, para 75,1% da população, familiares não devem influenciar o presidente da República

postado em 26/02/2019 14:36
Os filhos de Bolsonaro: Eduardo (esq.) é deputado federal, Carlos (centro) é vereador do RJ e Flávio (dir.) é senador
Para 56,8% da população, os filhos do presidente Jair Bolsonaro interferem nas decisões do pai. O dado foi revelado em pesquisa do instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes e divulgada nesta terça-feira (26/2).

O levantamento também mostrou que, para 75,1% dos entrevistados, familiares ; independentemente de serem políticos ou não ; não devem influenciar o presidente. O estudo ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos e o nível de confiança é de 95%.

Desde o começo do governo, os filhos de Jair Bolsonaro têm sido alvos de episódios polêmicos. Primeiro, foi o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), cujas movimentações bancárias foram consideradas atípicas pelo Coaf, incluindo depósitos de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Depois, um conflito com outro filho, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), culminou na demissão de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência. Investigado em um suposto esquema de candidaturas laranjas, o ex-ministro afirmou ter conversado com o presidente ; enquanto ele se recuperava de uma cirurgia ; e foi desmentido publicamente por Carlos.

A pesquisa, aliás, também fez consultas sobre esse episódio. Entre os entrevistados, 58,3% disseram estar acompanhando ou terem ouvido falar do caso Bebianno. Desse total, 54,5% disseram acreditar que a demissão foi justa. Para 73,3%, Carlos teve participação na exoneração do ex-ministro. A esmagadora maioria da população ; 85,9% ; considerou que a população tem o direito de saber o motivo das demissões de ministros. No caso de Bebianno, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, se limitou a dizer que a decisão era de "foro íntimo" do presidente.

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