Bernardo Bittar
postado em 19/06/2019 10:53
Embora não reconheça a veracidade do conteúdo publicado pela imprensa, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, alvo de supostos ataques cibernéticos que resultaram na divulgação de conversas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol; esquivou-se ao ser questionado sobre a liberação do conteúdo de seu celular pessoal.
Moro disse que não está mais inscrito no Telegram, aplicativo de mensagens instantâneas supostamente hackeado, e que, sendo assim, ;não teria como; disponibilizar o material. A resposta fez com que os senadores insistissem, explicando ao ministro que, independentemente de ser usuário do Telegram, ele poderia liberar o conteúdo privado de seu aparelho celular.
O ministro esquivou-se novamente, dizendo que não é usuário ;da nuvem; (uma espécie de HD que armazena informações de celulares). Sérgio Moro também disse que ;não lembrava detalhes sobre as mensagens de um mês atrás, quanto mais aquelas supostamente enviadas há três anos;.
Após a declaração, senadores disseram que Moro ;tem uma péssima memória;, e insistiram, mais uma vez, na possibilidade de enviar ao Telegram uma solicitação para que as mensagens entre o ex-juiz e o procurador fossem liberadas. ;Não é possível;, concluiu Sérgio Moro.