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PF deflagra operação contra corrupção e lavagem de dinheiro no DF, SP e AM

Segundo a investigação, entre as vantagens indevidas estão entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados

Hellen Leite
postado em 19/07/2019 09:09
Os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal, Amazonas e São PauloA Polícia Federal (PF) no Amazonas deflagrou na manhã desta sexta-feira, (19/7), a Operação Vertex, uma nova fase da Operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os mandados de busca e apreensão e prisão estão sendo cumpridos no Distrito Federal, São Paulo e Amazonas.

Ao todo, são nove mandados de prisão temporária, 15 de busca e apreensão, 18 de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (de aproximadamente 92,5 milhões de reais), e sete mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, expedidos pela Justiça Federal.

[SAIBAMAIS]Segundo a investigação, entre as vantagens indevidas estão entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados. Os suspeitos ocultavam a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda de imóveis.

A investigação foi desmembrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão dos indícios detectados de recebimentos de vantagens indevidas por um ex-governador que, por exercer o cargo de senador, poderia ter direito a foro por privilegiado. O nome do político ainda não foi divulgado pela Polícia Federal.

Operação Maus Caminhos


A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da Operação Maus Caminhos, sendo elas a Operação Custo Político, Estado de Emergência e Cashback.

Na Operação Custo Político, a PF apurou a prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa, praticados por cinco ex-secretários de estado, bem como diversos servidores públicos e o núcleo da organização criminosa desbaratada na primeira fase da operação, enquanto na Operação Estado de Emergência, completava o núcleo político do Poder Executivo estadual, tendo alcançado um outro ex-governador, que chegou a ser preso.

Por outro lado, a Operação Cashback, teve por objeto a investigação quanto ao envolvimento de outras empresas em conluio, em relação as quais, suspeita-se que foram efetuados pagamentos embasados em notas fiscais falsas, sem a correspondente prestação de serviço, além de pagamentos por serviços superfaturados.

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