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''Bobajada de 1964 não me interessa'', diz Kalil sobre fala de Bolsonaro

Segundo o prefeito de BH, o presidente da República deveria estar preocupado em conseguir verbas para saúde e ações sociais

Juliana Cipriani/Estado de Minas
postado em 30/07/2019 12:40
Kalil cobrou do governo federal prioridade para os repasses para saúde e área socialO prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) afirmou, na manhã desta terça-feira (30/7), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deveria priorizar outros assuntos, em vez de falar ;bobajada; sobre o período da ditadura militar.
A fala foi em resposta a questionamento sobre a declaração do capitão reformado dessa segunda-feira (29/7), quando Bolsonaro disse ao presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, poderia contar como o pai dele, desaparecido durante a ditadura militar, foi morto.

;Queria que o presidente estivesse falando de aumentar o repasse do SUS (Sistema Único de Saúde), da parte social, que não escutei uma palavra ainda, porque bobajada de 1964 eu tinha 5 anos e não me interessa;, afirmou Kalil.

O ataque do presidente ao dirigente da OAB rendeu várias manifestações de repúdio e Bolsonaro será acionado no Supremo Tribunal Federal por Santa Cruz para dar explicações e dizer qual o paradeiro do seu pai.

Felipe Santa Cruz é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, integrante do grupo Ação Popular (AP), organização contrária ao regime militar (1964-1985). Ele foi preso pelo governo em 1974 e nunca mais foi visto. Em 2012, no livro "Memórias de uma guerra suja", o ex-delegado do Dops Cláudio Guerra disse que o corpo dele foi incinerado no forno de uma usina de açúcar em Campos (RJ).

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