Politica

EUA dão sinal verde para Eduardo Bolsonaro ser o embaixador em Washington

Com a aprovação, a próxima etapa formal do processo deve ser a indicação do presidente através do Diário Oficial da União

Rodolfo Costa , Philipe Santos
postado em 09/08/2019 10:38
Eduardo Bolsonaro
O Ministério das Relações Exteriores confirmou ao Correio, nesta sexta-feira (9/8), que o governo dos Estados Unidos da América (EUA) concedeu agrément ; que é um acordo para receber membros de uma missão diplomática de um país estrangeiro ; ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, como embaixador brasileiro em Washington.

Com a aprovação dos EUA, a próxima etapa formal do processo deve ser a indicação do presidente através do Diário Oficial da União (DOU). O chefe do Palácio do Planalto já tinha adiantado, nessa quinta-feira (8/8), que a indicação seria formalizada depois que o governo recebesse o aval. Em seguida, a designação ainda deverá ser submetida à apreciação do Senado Federal.

Como o Correio mostrou quando o governo brasileiro fez o pedido ao governo norte-americano, geralmente o processo de agrément é mantido sob sigilo até que o governo do país de destino do candidato a embaixador aceite a indicação. A atitude de Bolsonaro de falar abertamente sobre o tema foi vista como uma quebra de protocolo.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro falou que o pedido foi aceito e respondido de punho próprio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "(O agréement) veio com um texto diferente. Fico muito feliz aí e tenho certeza que os laços de amizade serão potencializados;, declarou Bolsonaro, explicando em seguida o que quis dizer com ;diferente;. ;(Veio com) linguajar pessoal do presidente. Pessoal, do próprio punho do Trump. Se ele autorizar, eu passo para vocês (imprensa);, afirmou.

O cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos está vago desde abril, quando o chanceler Ernesto Araújo removeu o diplomata Sérgio Amaral do posto. O diplomata Nestor Foster era considerado o favorito para substituí-lo até o presidente da República decidir indicar o próprio filho.

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