Politica

Após denunciar irregularidades, presidente da ABDI é exonerado do cargo

Luiz Augusto de Souza Ferreira diz ter recebido pedidos ''não republicanos'' do secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa

postado em 04/09/2019 08:42
O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto de Souza Ferreira
O presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto de exoneração de Luiz Augusto Souza Ferreira da presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O documento foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (4/9),

A exoneração ocorre após o presidente Jair Bolsonaro ter determinado a apuração de uma declaração do então presidente da ABDI, sobre ter recebido pedidos ;não republicanos; do secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa.

Igor Nogueira Calver foi nomeado para o lugar de Souza. Até ontem, ele ocupava o cargo de Secretário Especial Adjunto do Ministério da Economia. Igor assume o posto para um mandato de quatro anos.

No Twitter, Ferreira afirmou que foi demitido "por ser correto". "Acabo de ser demitido. Sem apuração. Por ser correto. E ok. O que eu já previa. Os covardes cada vez mais tomam conta do governo. Agradeço ao presida (sic) Jair Bolsonaro. Espero que Deus possa iluminar suas decisões. E que abra seus olhos. E rápido", escreveu. Apesar de não ser uma conta verificada, o perfil de Ferreira na rede social já foi mencionada na página oficial da ABDI.

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Jair Bolsonaro falou sobre assunto, na segunda-feira (2/9) pela manhã, durante entrevista à imprensa na saída do Palácio da Alvorada, quando disse que, ao tomar conhecimento do caso, determinou sua apuração. Nesta quarta-feira (4/9), o presidente o evitou dar maiores detalhes sobre a demissão de Ferreira.
Limitou-se a comentar que houve uma definição. ;Foi decidido essa questão, ponto final. Está resolvida a questão, já está definido;, declarou, nesta quarta-feira (4/9), na saída do Palácio da Alvorada. Questionado sobre o futuro de Carlos da Costa, ele esquivou-se e evitou comentar se o secretário do ministro da Economia, Paulo Guedes, será demitido também. ;Esse caso, o prejudicado vai no MP (Ministério Público), onde quiser, e diz o que viu de errado no governo lá e pronto. Isso tá no processo. Mais nada a falar sobre isso daí;, destacou.


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