[VIDEO1]
No vídeo, Piñera conversa com Macrón sobre a ofensa que Bolsonaro dirigiu à primeira-dama francesa, Brigitte Macron. Piñera diz que o pronunciamento de Macron sobre o assunto foi "inacreditável". À época, o presidente da França disse que ficava "triste por ele [Bolsonaro] e pelos brasileiros", e que torcia para que o Brasil tivesse um "presidente que se comporte à altura" do cargo.
"Eu tinha que reagir, entende?", diz Macron a Piñera, no vídeo. "Eu queria ser pacífico, queria ser correto, construtivo com ele e respeitar sua soberania, tudo bem. Mas eu não posso aceitar isso", prossegue. Angela Merkel, então, se pronuncia, dizendo "não (podia aceitar)", concordando com Macron.
"Você sabe o que ele [Bolsonaro] fez quando meu ministro de relações exteriores foi para lá [Brasil]? Ele o deveria receber e cancelou no último minuto, para ir cortar o cabelo. E se filmou", acrescenta o presidente francês. "Me desculpa, mas isso não é a atitude de um presidente", conclui.
Encontro cancelado
Em julho, Bolsonaro cancelou um encontro com o ministro francês Jean-Yves Le Drian, foi cortar o cabelo e publicou um vídeo no Facebook na hora em que estava agendada a reunião. Na transmissão ao vivo, buscou explicar o que sabia sobre a morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.
Depois do episódio, que chamou de "urgência capilar". "Todo mundo conhece as restrições próprias das agendas dos chefes de Estado. Ao que parece, houve uma emergência capilar. Essa é uma preocupação estranha para mim", declarou o ministro em entrevista ao Journal du Dimanche.