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Luis Miranda tem 30% do salário penhorado; deputado desconhece decisão

A Justiça do Trabalho do DF determinou que 30% do salário do parlamentar seja penhorado até que o valor atinja R$ 35.553,95, para quitação de uma dívida com uma ex-funcionária

Jorge Vasconcellos
postado em 12/09/2019 19:17
Luis MirandaA 4; Vara do Trabalho de Brasília penhorou 30% do salário do deputado Luis Miranda (DEM-DF) até que o valor atinja o necessário à quitação de uma dívida com uma ex-funcionária, no valor de R$ 35.553,95. Em entrevista ao Correio, o parlamentar afirmou que não tem conhecimento e nem foi notificado da decisão. Ele também voltou a negar as acusações de que aplicou golpes milionários em quem aceitasse se tornar sócio dele em supostos negócios nos Estados Unidos. O caso foi mostrado no domingo, no programa Fantástico, da Rede Globo.

A decisão da juíza do Trabalho permite que o oficial de Justiça requisite força policial "caso seja criado qualquer obstáculo ao cumprimento" do mandado de penhora. Segundo o processo, a dívida vem desde 2012 e foi gerada pela clínica de estética Fitcorpus, que Miranda criou em 2008. Ele era sócio e vendia franquias da empresa.

A assessoria de imprensa da Câmara, procurada pela reportagem, não informou se já procedeu o cumprimento da ordem judicial e disse que a Vara do Trabalho é que deveria ser consultada

Esse é mais um revés enfrentado pelo deputado eleito pelo Distrito Federal com mais de 65 mil votos. Na quarta-feira (11/9), ele entregou à assessoria jurídica do Partido Democratas os esclarecimentos sobre as denúncias de ter aplicado golpes milionários. A Executiva Nacional da legenda deve se reunir nos próximos dias para discutir o caso. Se as explicações do parlamentar não forem suficientes, ele estará sujeito a sanções que podem chegar à expulsão do DEM.

"Narrei exatamente o que venho enfrentando. Denúncias criadas para destruir a minha imagem, tentativas de extorsão, ação de milícias digitais", disse Luis Miranda, sobre o teor do documento entregue ao partido.

"Fui vítima do que a Polícia Civil do DF classificou como milícia virtual. Um homem foi preso tentando me extorquir. Os ataques foram intensificados e agora ganharam características políticas", continuou, confiante de que "fique claro que as dificuldades enfrentadas pelas empresas que dirigi nos Estados Unidos não possuem relação nenhuma com meu mandato e minha atividade parlamentar".

Segundo ele, os dirigentes das empresas fizeram um cronograma de pagamentos que está sendo executado. "Sou o maior interessado em que tudo seja resolvido o quanto antes. Ninguém tem cobrado mais uma ação efetiva que eu", ressaltou. "Tenho recebido inúmeras mensagens de incentivo e apoio. Não imaginei que fosse ter um retorno tão positivo. Só posso agradecer e dizer que sairemos ainda mais fortes depois e que a verdade for reestabelecida".

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