O Palácio do Itamaraty negou, na noite desta quarta-feira (18/9), que a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha vetado discurso do Brasil na Cúpula de Ação Climática, como divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo.
De acordo o Ministério das Relações Exteriores, a ONU não tem mecanismos de veto a discursos de países membros.
A nota justifica a falta de discurso brasileiro no evento por não ter espaço para que haja pronunciamento de todos os países membros. ;Para a definição da lista de oradores na Cúpula de Ação Climática, o Secretariado estabeleceu os seguintes critérios: os oradores têm de ser chefes de Estado ou de governo e os países teriam que antecipar, por escrito, os anúncios e ações ambiciosas que apresentariam em seu discurso. O Brasil será representado na reunião pelo Ministro do Meio Ambiente, e por esse critério, não foi incluído nas primeiras versões da lista provisória de oradores. O mesmo ocorre com outros países, como Canadá e Austrália, que também serão representados por ministros e que, portanto, não constam da lista;, justifica.
Segundo tinha sido o discurso brasileiro teria sido vetado por não apresentar um plano de aumento de compromisso com o clima. A reportagem ainda diz que outros países teriam tidos seus discursos vetados.
A Cúpula de Ação Climática, ocorre na segunda-feira (23/9) na sede das Nações Unidas, em Nova York. O evento ocorre às vésperas da Assembleia-Geral da ONU, onde o presidente Jair Bolsonaro deve fazer um discurso de abertura. Para a reunião, a previsão é que a comitiva saia de Brasília às 8h da segunda-feira, e chegue em Nova York às 16h.
Confira a nota completa
É absolutamente infundada e inverídica a informação de que a "ONU veta discurso do Brasil na cúpula do clima em Nova York", como afirma reportagem da Folha de S. Paulo de hoje.
A Carta da ONU não prevê mecanismo de veto da organização a discursos de Estados membros em conferências multilaterais, que contam com regras específicas de participação.
A Cúpula de Ação Climática, que será realizada em 23/9 na sede das Nações Unidas, terá duração de apenas 6 horas e não oferecerá espaço para que todos os Estados membros da ONU façam uso da palavra. Apenas 32 chefes de Estado ou de governo devem discursar.
Para a definição da lista de oradores na Cúpula de Ação Climática, o Secretariado estabeleceu os seguintes critérios: os oradores têm de ser chefes de Estado ou de governo e os países teriam que antecipar, por escrito, os anúncios e ações ambiciosas que apresentariam em seu discurso.
O Brasil será representado na reunião pelo Ministro do Meio Ambiente, e por esse critério não foi incluído nas primeiras versões da lista provisória de oradores. O mesmo ocorre com outros países, como Canadá e Austrália, que também serão representados por ministros e que, portanto, não constam da lista.
Sobre o segundo critério, a antecipação dos anúncios, o Brasil enviou
seu documento ontem, 17/9. Logo, tampouco poderíamos ter sido incluídos na lista de oradores anteriormente.
Nesse documento, o Brasil descreve políticas e ações que implementa para alcançar as metas já extremamente ambiciosas apresentadas em nossa contribuição nacionalmente determinada sob o Acordo de Paris.