Vera Batista
postado em 02/10/2019 17:33
O principal alvo da Operação Armadeira e apontado como chefe do esquema criminoso pela Polícia Federal (PF), em conjunto Ministério Público Federal (MPF) e a Corregedoria da Receita Federal, é o auditor-fiscal Marco Aurélio da Silva Canal, supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da Operação Lava-Jato. Esse técnico já havia sido acusado por irregularidades na divulgação de dados do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de sua esposa, Guiomar Feitosa. O ministro chegou a citá-lo, nominalmente, por abuso de autoridade.
[SAIBAMAIS];Eu sei e a Receita sabe que houve abuso nesse caso. O que se sabe é que quem coordenou essa operação é um sujeito de nome Marco Aurélio da Silva Canal, que é chefe de programação da Lava-Jato do Rio de Janeiro;, disse Gilmar Mendes, há cerca de sete meses. O ministro disse também que o vazamento dos dados pessoais fez parte de uma operação de ;baixo nível; para atingi-lo. ;Estão incomodados (os responsáveis pelo vazamento) com o quê? Com algum habeas corpus que eu tenha concedido na Lava-Jato?;, questionou à época.
Mas, segundo os procuradores, o caso do ministro e o envolvimento do auditor na Operação Lava-Jato não têm relação com a operação de hoje. Canal, em fevereiro, quando Gilmar Mendes fez as críticas, já era investigado por fazer parte de organização criminosa, crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O auditor era o responsável pela programação de fiscalização contra os investigados na Lava-Jato. Ele selecionava os contribuintes e apresentava um sobre eles para as unidades fiscais aprofundar a verificação e cruzar os dados com as informações internas.