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Justiça nega liberdade a procurador da Fazenda que esfaqueou juíza federal

Matheus Carneiro Assunçãoserá transferido para a Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, onde ficam prisioneiros 'famosos'

Agência Estado
postado em 04/10/2019 19:50
Matheus Carneiro Assunçãoserá transferido para a Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, onde ficam prisioneiros 'famosos'A Justiça Federal em São Paulo decidiu manter preso o procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção que, no final da tarde da quinta-feira (3/10), esfaqueou no pescoço a juíza Louise Filgueiras, no 21.; andar do prédio-sede do Tribunal Regional Federal da 3.; Região (TRF-3), na Avenida Paulista. Em meio a um acesso de fúria, o procurador ainda atirou uma jarra de vidro sobre a magistrada que sofreu ferimentos leves.

Ele acabou contido por servidores da Corte e, durante a madrugada, foi autuado em flagrante pela Polícia Federal por tentativa de homicídio qualificado.

Na tarde desta sexta (4/10), Assunção passou por audiência de custódia na 1.; Vara Criminal Federal. A sessão foi breve.

A Justiça decidiu manter o procurador preso. Ele será transferido para a Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, onde ficam prisioneiros ;famosos; - autores de crimes de grande impacto.

[SAIBAMAIS]Testemunhas do ataque dizem que o procurador da Fazenda dizia frases desconexas, como ";vou fazer o que o Janot não fez" - provável referência ao ex-procurador-geral da República que declarou, na semana passada, que planejou o assassinato do ministro Gilmar Mendes, do Supremo, em 2017.

Antes de invadir o gabinete de Louise, ele participou de um evento no próprio TRF-3 sobre corrupção.

Depois, Assunção foi ao 22.; andar, onde trabalha o desembargador Fábio Prieto de Souza. O magistrado estava em sessão. Matheus Assunção desceu pelas escadas e saiu na sala da magistrada, a quem golpeou com uma faca de cozinha.

A investigação mostra que o procurador entrou com a arma no prédio-sede do TRF-3 porque autoridades não são submetidas ao detector de metais.

Até o fechamento deste texto, a reportagem não havia obtido um posicionamento da defesa dos citados.

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