Politica

Eduardo pede desculpas por fala sobre AI-5 e cita imunidade parlamentar

O deputado Eduardo Bolsonaro divulgou vídeo no qual admite a possibilidade de ter exagerado em sua fala de mais cedo. ''Pode ter sido uma resposta infeliz.''

Bernardo Bittar
postado em 31/10/2019 19:58
[FOTO1]Após ser alvo de críticas durante todo o dia, após uma declaração que levantava a possibilidade de um novo AI-5 no país, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), admitiu que pode ter exagerado em sua fala.

"Aproveito para falar sobre a repercussão da minha fala onde eu cito o AI-5. Não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5 e minha posição é bem confortável. Não fico constrangido em pedir nenhum tipo de desculpa a qualquer tipo de pessoa que tenha se sentido ofendida", afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais na tarde desta quinta-feira (31/10). Antes, ele tinha voltado a defender o AI-5 pelo Twitter.

Eduardo disse ainda que "esse não é o ponto que vivemos hoje no contexto atual do Brasil. A gente vive o regime democrático. Nós seguimos a Constituição. Esse é o cenário que me fez ser o deputado mais votado da história. Então, não tem por que eu descambar para o autoritarismo".
[SAIBAMAIS]Em frente à sede do SBT, emissora de televisão onde foi cumprir agenda de entrevistas, o deputado acrescentou que é a favor da democracia e atacou adversários: "A oposição vai pegar esteira na minha fala para tentar me pintar como ditador. Pode ter sido uma resposta infeliz. Se pudesse, teria feito sem a menção ao AI-5".

Imunidade parlamentar

Ao se defender, o parlamentar tentou diminuir os ataques sofridos ao longo do dia, lembrando que tem "imunidade parlamentar por opiniões, palavras e votos". Disse que a imunidade serve para "falar" e, não, "para roubar". Eduardo disse que isso serve para que o povo conheça melhor seus representantes.



O Ato Institucional de número 5, conhecido como AI-5, marcou o período mais duro da ditadura militar no Brasil (1964-1985). Deixou um saldo de cassações, direitos políticos suspensos, demissões e aposentadorias forçadas. O decreto concedeu ao presidente poderes quase ilimitados, como fechar o Congresso Nacional e demais casas legislativas por tempo ilimitado.

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