O presidente Jair Bolsonaro não concedeu entrevistas, na manhã desta quarta-feira (19/2), ao sair do Palácio do Planalto. No entanto, criticou a imprensa junto aos apoiadores que o aguardavam na saída. “Que imprensa nós temos no Brasil… Podia logo a imprensa ser um partido político, ia ficar à esquerda do PT [Partido dos Trabalhadores]”.
Ele disse ainda ''sonhar com uma imprensa independente''. “Tem alguns veículos bons, para não generalizar”, concluiu. A fala ocorre um dia após o chefe do Executivo ter ofendido a jornalista da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello, com uma insinuação sexual ao comentar o depoimento na CPI das Fake News no Congresso, feito por Hans River, ex-funcionário da Yacows, uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp.
“No depoimento do Hans River no final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele. Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”, disse rindo. Ainda messa terça-feira (18/2), o presidente voltou a abordar o assunto e “parabenizou” os veículos de comunicação por repercutirem a sua fala, dando a entender que tudo não passou de uma interpretação errada. Entidades da classe jornalística repudiaram em peso a atitude do presidente.
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