Na última segunda-feira (8/6), a chefe do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, . Ela ressaltou, porém que existe uma diferença entre os sem sintomas e os pré-sintomáticos (que ainda não manifestaram os sintomas).
Araújo afirmou que acompanha, junto com o Ministério da Saúde, com muita preocupação o papel da organização. Para ele, falta à OMS essa independência, transparência e coerência. "A origem do vírus, no compartilhamento de amostras, no contágio por humanos, nos modos de prevenção, na quarentena, no uso da hidroxicloroquina, na indumentária de proteção e agora na transmissibilidade por assintomáticos. Todos esses aspectos, a OMS foi e voltou, às vezes mais de uma vez", disse.
Conforme o ministro, esses "são problemas sistêmicos". "Não é um problema acidental", afirmou. Assim, Araújo afirma que é preciso examinar se "é uma questão de influência política, influência de atores não estatais da OMS" ou se "é uma questão de métodos de transparência".
Araújo não quer esperar o fim da pandemia
Para o ministro, não é possível esperar o fim da pandemia para examinar a organização. "Cada dia as decisões e esse vai e vem da OMS prejudica os esforços de todos os países e isso tem a ver com uma política que a gente tem desde o começo, que é de revalorizar e recentralizar os países, as nações, nos organismos internacionais", disse.
O ministro afirmou, ainda que isso "faz parte também de um problema sistemático" que ele diz observar em organismos internacionais. "OMS é muito claramente isso", pontuou.
'Comunavírus'
Em abril, o ministro Ernesto Araújo publicou em seu blog pessoal um texto intitulado "chegou o comunavírus" no qual falava em um “plano comunista” que iria aproveitar a pandemia para instaurar a ideologia por meio de órgãos internacionais. No texto ele citou a OMS, dizendo que não há comprovação da efetividade da organização.
O ministro afirmou ainda no texto que o projeto “já se vinha executando por meio do climatismo ou alarmismo climático, da ideologia de gênero, do dogmatismo politicamente correto, do imigracionismo, do racialismo ou reorganização da sociedade pelo princípio da raça, do antinacionalismo, do cientificismo”.
Reabertura
O presidente Jair Bolsonaro também falou em alguns momentos, durante a reunião, sobre a informação repassada na última segunda-feira pela OMS. Bolsonaro disse esperar uma reabertura mais rápida do comércio e o fim das medidas restritivas com esse anúncio da organização. Na noite da última segunda-feira, ele publicou em sua página no Twitter:
"Após pedirem desculpas pela hidroxicloroquina, agora a OMS conclui que pacientes assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas. Milhões ficaram trancados em casa, perderam seus empregos e afetaram negativamente a Economia".
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