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NÃO Imóvel declarado como de Bolsonaro é alvo de buscas e apreensões no Rio

A Operação Anjo, que também prendeu Fabrício Queiroz, foi autorizada pela Justiça e é relacionada ao inquérito que investiga a chamada ''rachadinha''

Na mesma operação que prendeu, em Atibaia (SP), o ex-assessor Fabrício Queiroz, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem mandados de buscas e apreensões em um imóvel que pertence ao presidente Jair Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio. A informação é do G1.

 

Segundo a reportagem, o imóvel em Bento Ribeiro foi usado como um dos comitês de campanha eleitoral de Bolsonaro, que declarou ser o proprietário na relação de bens enviada ao Tribunal Superior Eleitoral. Mas, atualmente, quem mora na casa é Alessandra Esteves Marins, que é ligada ao gabinete do filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

 

Durante as buscas, que duraram cerca de uma hora, era possível ouvir barulhos de marretadas nas paredes, sugerindo que os agentes quebraram a alvenaria enquanto realizavam os mandados. Eles deixaram o local carregando duas sacolas, mas sem dar detalhes do que foi apreendido.

 

A Operação Anjo

 

A Operação Anjo foi autorizada pela Justiça e é relacionada ao inquérito que investiga a chamada “rachadinha”. A suspeita é que servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) devolveram parte dos salários ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Além de Alessandra, a Justiça decretou medidas cautelares — que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas — contra i servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho; o ex-funcionário da Casa legislativa Luiza Paes Souza; e do advogado Luis Gustavo Botto Maia.

O caso Queiroz

A prisão de Queiroz, expedida pela Justiça do Rio, faz parte da investigação da polícia carioca sobre um esquema de "rachadinha" — quando funcionários são coagidos a devolver parte do salário — na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O filho de Bolsonaro foi deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.

 

Segundo o processo, o antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que Queiroz teria movimentado R$ 1,2 milhão de forma atípica em sua conta. Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Queiroz, do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e de outras 84 pessoas e nove empresas entre 2007 e 2018.