Politica

Weintraub avisa: 'Estou saindo do país o mais rápido possível'

Ex-ministro da Educação anunciou saída da pasta na última quinta-feira. Ele é investigado no STF por suspeita de racismo contra chineses

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub informou em sua página pessoal no Twitter que está saindo do Brasil "o mais rápido possível (poucos dias)". "Não quero brigar. Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!", escreveu. Ele anunciou na última quinta-feira (18) em um vídeo gravado ao lado do presidente Jair Bolsonaro que estava deixando a pastae que foi indicado a uma cadeira no Banco Mundial, cuja sede fica em Washington, nos Estados Unidos.

A sua exoneração ainda não saiu no Diário Oficial da União (DOU). Weintraub é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de racismo contra chineses. No último dia 4, ele foi à sede Polícia Federal, em Brasília, depor no âmbito do inquérito. Na ocasião, entregou apenas um documento, com informações por escrito, e não respondeu às perguntas dos investigadores.

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O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) devido a uma publicação feita por ele no Twitter na qual ele satiriza a forma como os chineses falam a Língua Portuguesa. O ex-ministro publicou em abril deste ano um texto no qual trocou o R pelo L junto com uma imagem do gibi "A Turma da Mônica", que tem um personagem que troca as letras. No texto, ele ainda insinua que a China sairá fortalecida da pandemia. Weintraub apagou a publicação.

ex-ministro também está no inquérito das fake news, no STF, que investiga ameaças, ofensas e informações falsas contra ministros da suprema Corte. Ele foi incluído no inquérito após divulgação de vídeo de reunião ministerial do dia 22 de abril ser divulgado. Na reunião, ele disse que "botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. 

No último dia 17, os ministros decidiram, por 9 votos a 1, rejeitar o pedido para que  Weintraub fosse retirado do inquérito. O habeas corpus havia sido protocolado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça.