Politica

Miliciano morto na Bahia teria transferido mais de R$ 400 mil para Queiroz

A mãe de Adriano da Nóbrega e a mulher do miliciano estariam entre os funcionários que devolviam parte do salário para Queiroz

Correio Braziliense
postado em 19/06/2020 15:04

Adriano de Nóbrega e Fabrício QueirozAs ligações entre o policial militar reformado Fabrício Queiroz e o ex-pm e miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, parecem cada vez mais profundas desde a prisão do primeiro, na manhã da última quinta-feira (18/6). o Ministério Público do Rio de Janeiro investiga se o miliciano transferiu mais de R$ 400 mil para contas em nome de Queiroz.


Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro e amigo da família do presidente da República, Queiroz é suspeito de participar de um esquema de repasse ilegal de dinheiro público conhecido como "rachadinha".

Queiroz, que era motorista e segurança de Flávio Bolsonaro quando o senador era deputado estadual do Rio de Janeiro, é suspeito de fazer os repasses das parcelas devolvidas dos salários dos funcionários do gabinete do então deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Nóbrega, por sua vez, era procurado acusado de chefiar um grupo de extermínio na capital carioca, e estava escondido na fazenda de Gilsinho de Dedé, vereador baiano do PSL, .  

 

O miliciano era próximo do filho do presidente, que o homenageou na Alerj além de empregar a mãe e a mulher do ex-PM. O miliciano foi demitido da PM por envolvimento com o jogo do bicho.

Como funcionaria

A ligação aparece na decisão do juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, que fez o pedido de prisão de Queiroz. O processo corre em sigilo, mas o jornal Estado de São paulo teve acesso ao texto.

A mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher do miliciano, estavam entre os funcionários que devolviam parte do salário para Queiroz, que operava o esquema de "rachadinha", segundo o MP.

Parte do dinheiro, segundo indicação do Ministério Público Carioca viriam de duas pizzarias administradas por Raimunda e pelo filho. A polícia apurou, inclusive, que a mulher nunca teria comparecido à Alerj para trabalhar.

 

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