Condenada à prisão, parlamentar afirmou sofrer dessa condição
Condenada a dez anos de prisão pelo STF, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) fez um pronunciamento no dia 25/05 afirmando ter doenças que a impediriam de sobreviver reclusa. A parlamentar está nos Estados Unidos, onde diz fazer tratamento para a Síndrome de Ehlers-Danlos (SED).
A Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) é um grupo de distúrbios genéticos que afeta o tecido conjuntivo do corpo. Este tecido é responsável por dar suporte e estrutura à pele, ligamentos, vasos sanguíneos e órgãos internos. Por isso, as pessoas que sofrem dessa síndrome frequentemente enfrentam desafios diários devido à elasticidade anormal e fragilidade de seus tecidos.
Embora a síndrome impacte muitas áreas do corpo, os sintomas variam de acordo com o tipo específico da condição. Essa variedade torna o diagnóstico e o tratamento um desafio significativo na prática clínica. Compreender essa condição é essencial para oferecer um suporte adequado às pessoas que convivem com ela no dia a dia.
Os tipos de Síndrome de Ehlers-Danlos
A Síndrome de Ehlers-Danlos não é uma condição única, mas sim um conjunto de desordens. Existem várias formas de SED, cada uma com características específicas e causas genéticas diferentes. Entre os tipos mais conhecidos destacam-se:
- Clássico: Caracterizado por pele elástica e articulada, além de cicatrizes atróficas.
- Hipermobilidade: Caracteriza-se por uma mobilidade excessiva das articulações, levando a luxações frequentes.
- Vascular: Considerado o tipo mais grave, pois pode comprometer vasos sanguíneos e órgãos internos, aumentando o risco de complicações fatais.
- Kifoscoliótico: Envolve curvatura da coluna vertebral junto com a fragilidade dos tecidos.
A diversidade dos tipos realça a importância de obter um diagnóstico preciso, pois o manejo e as recomendações podem variar bastante.Quais são os sintomas e como é diagnosticada?
Os sintomas da Síndrome de Ehlers-Danlos podem ser muito diversos e, muitas vezes, confundem-se com outras condições médicas. Entre os sintomas frequentes estão:
- Pele hipersensível ou hiperextensível.
- Hematomas fáceis e frequentes.
- Fadiga crônica e dor muscular.
- Luxações e subluxações das articulações repetidas.
O diagnóstico da SED é primariamente clínico, baseado em histórico médico e exame físico. Testes genéticos podem confirmar o diagnóstico, especialmente nos tipos mais raros e graves. A variedade de sintomas requer uma equipe médica multidisciplinar para um manejo adequado.
Como a síndrome afeta a vida cotidiana dos pacientes?
Viver com a Síndrome de Ehlers-Danlos pode ser desafiador devido às limitações físicas que a condição impõe. Pacientes frequentemente precisam adaptar suas atividades diárias para minimizar o risco de lesões e gerenciar a dor crônica. A dor e o desconforto podem impactar a participação em atividades físicas, o desempenho no trabalho e a qualidade geral de vida.
Apoio psicológico e acompanhamento médico contínuo são fundamentais para ajudar os pacientes a lidar com as limitações e melhorar o bem-estar. Além disso, tratamentos opcionais, como fisioterapia e uso de órteses, podem ser parte de um plano de manejo eficaz.
Existe um tratamento para a Síndrome de Ehlers-Danlos?
Atualmente, não há uma cura para a Síndrome de Ehlers-Danlos. O tratamento foca no gerenciamento dos sintomas e na prevenção de complicações. Estratégias de manejo podem incluir:
- Fisioterapia: Ajuda a fortalecer os músculos ao redor das articulações para reduzir o risco de luxação.
- Medicamentos para dor: Utilizados para controlar a dor crônica e melhorar a qualidade de vida.
- Suporte psicológico: Oferece suporte emocional e ajuda a lidar com o impacto psicológico da condição.
O tratamento deve ser individualizado, considerando as necessidades específicas de cada paciente e o tipo de SED. Educação sobre a condição é vital para pacientes e cuidadores, permitindo um melhor enfrentamento das situações diárias.






