Originário das regiões de cerrado e áreas alagadas do Brasil, o buriti vem ganhando destaque nos últimos anos graças ao seu conjunto de propriedades nutricionais reconhecidas por especialistas. Esta fruta de coloração marcante e casca escamosa proporciona benefícios importantes à saúde, sendo utilizada tanto na alimentação quanto na indústria cosmética. Estudos recentes reforçam o valor do buriti para populações que buscam alternativas naturais e sustentáveis de manter uma dieta balanceada.
O fruto, típico de palmeiras abundantes no estado do Tocantins, Pará, Maranhão e outros territórios do Norte e Centro-Oeste do país, chama atenção pelo sabor adocicado e pelo aroma característico. Além disso, seu uso tradicional vai além do consumo in natura, incluindo preparos como doces, sucos, sorvetes, óleos e até mesmo bebidas fermentadas. Sua versatilidade amplia o interesse para pesquisadores e comunidades que colaboram na preservação do bioma local.
Quais são as principais propriedades do buriti?
Reconhecido como um alimento funcional, o buriti se destaca pela alta concentração de carotenoides, em especial o betacaroteno, pigmento que atua como precursor da vitamina A. Essa substância auxilia na saúde ocular, no fortalecimento do sistema imunológico e na manutenção da pele. O buriti ainda fornece vitaminas do complexo B e vitamina C, elementos que contribuem para processos metabólicos eficientes e proteção antioxidante.
Além da riqueza vitamínica, a fruta contém uma quantidade relevante de minerais como ferro, cálcio, potássio e magnésio, favorecendo a manutenção da saúde óssea, regulação da pressão arterial e prevenção de anemias. O teor de fibras presente na polpa também é relevante, ajudando no funcionamento do trato digestivo e no controle dos níveis de glicose no sangue, aspecto importante para quem adota dietas equilibradas.

Como pode ser utilizado na alimentação diária?
O consumo regular do buriti pode ser incorporado de diversas formas. O fruto pode ser consumido ao natural, porém, é mais comum encontrá-lo em preparações como:
- Polpas congeladas para sucos e vitaminas
- Pudins, geleias e doces tradicionais
- Cremes e sorvetes regionais
- Óleo de buriti, utilizado para temperar pratos ou enriquecer alimentos
O óleo extraído do buriti ganha destaque não só por sua coloração avermelhada, mas também pelo alto conteúdo de ácidos graxos insaturados, fundamentais para a saúde cardiovascular. Na gastronomia local, receitas que utilizam buriti adicionam valor nutricional e características sensoriais únicas, tornando-se uma opção apreciada em restaurantes e feiras de produtos típicos.
O buriti oferece benefícios além da alimentação?
As propriedades do buriti não se limitam ao consumo alimentar. O óleo produzido a partir da polpa é amplamente empregado em cosméticos pelo seu potencial hidratante e antioxidante. Produtos como cremes, loções e protetores solares utilizam o óleo de buriti como ingrediente devido à presença de vitamina E e ao seu efeito protetor contra os danos causados pela radiação UV.
Além dos usos na indústria de beleza, o extrato do fruto tem sido estudado para desenvolvimento de produtos farmacêuticos e fitoterápicos, dada sua capacidade de atuar no combate ao envelhecimento precoce da pele e no reforço das defesas naturais do organismo.

Curiosidades e sustentabilidade do buriti
Segundo registros científicos, o buriti contribui para a economia de famílias extrativistas, influenciando diretamente o sustento de diversas comunidades tradicionais. O manejo sustentável do buriti estimula práticas de preservação ambiental e incentiva o uso responsável dos recursos naturais da Amazônia Legal. A palmeira de onde nasce a fruta também é essencial para o equilíbrio ecológico, abrigando animais e auxiliando na regulação dos cursos d’água.
Vale ressaltar que, em 2025, pesquisas mantêm o foco na valorização e diversificação dos usos do buriti, pautadas pela descoberta de novas potencialidades medicinais e nutricionais. Assim, o buriti se consolida não apenas como fruto típico do cerrado, mas como aliado relevante na promoção da saúde e na proteção de saberes tradicionais associados à biodiversidade brasileira.









