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Gwada negativo: cientistas descobrem novo tipo sanguíneo

Por Neto
24/06/2025
Em Ciência
Tipo sanguíneo

A descoberta ocorreu após a análise de exames pré-operatórios de rotina realizados em uma mulher original da ilha de Guadalupe, no Caribe, e que atualmente reside em Paris - depositphotos.com / EdZbarzhyvetsky

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A identificação de um novo tipo sanguíneo raro, denominado provisoriamente de “Gwada negativo”, trouxe à tona discussões importantes no campo da hematologia. A descoberta ocorreu após a análise de exames pré-operatórios de rotina realizados em uma mulher original da ilha de Guadalupe, no Caribe, e que atualmente reside em Paris. Ela é a única portadora conhecida desse grupo sanguíneo. O fato despertou o interesse da comunidade científica internacional.

No início, os exames detectaram a presença de um anticorpo incomum. Porém, na época os recursos tecnológicos limitados impediam uma investigação mais aprofundada. Somente muitos anos depois, com o avanço das técnicas de sequenciamento genético, foi possível confirmar a existência da mutação responsável pelo novo grupo sanguíneo. Assim, esse progresso permitiu elucidar um mistério de longa data e acrescentar o 48º sistema aos já catalogados tipos sanguíneos mundiais.

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A descoberta do grupo sanguíneo “Gwada negativo”

O caso começou a ser estudado em 2011, quando a paciente passou por exames antes de um procedimento cirúrgico. A partir da análise de sua amostra de sangue, pesquisadores identificaram características atípicas que não se enquadravam nos sistemas conhecidos na época, como ABO e Rh. Inicialmente, esse achado permaneceu sem explicação clara. Até que em 2019 técnicas avançadas de sequenciamento genético permitiram identificar a mutação específica no material genético da paciente.

De acordo com especialistas da Agência de Sangue da França, a mutação hereditária foi passada tanto pelo pai quanto pela mãe. Isso tornou a mulher a única compatível consigo mesma para transfusões. O nome “Gwada negativo” homenageia a origem caribenha da paciente. Além disso, a escolha também aconteceu por sua sonoridade universal, facilitando sua adoção e compreensão em diferentes idiomas.

Tipo sanguíneo
Para que uma pessoa desenvolva esse tipo, ela precisa herdar variantes mutadas do gene de ambos os progenitores – depositphotos.com / AlexLipa

O que torna o “Gwada negativo” um tipo sanguíneo tão raro?

A raridade desse grupo sanguíneo está diretamente relacionada à mutação genética inédita, jamais observada em outro indivíduo até 2025. Para que uma pessoa desenvolva esse tipo, ela precisa herdar variantes mutadas do gene de ambos os progenitores. Essa é uma condição extremamente improvável e rara mesmo em populações geneticamente isoladas.

  • Exclusividade genética: herança bilateral da mutação relevante.
  • Incompatibilidade transfusional: ausência de doadores conhecidos em todo o mundo.
  • Impasse médico: caso a paciente precise de transfusão, os desafios médicos seriam significativos.

A inclusão do “Gwada negativo” como o 48º sistema oficial ocorreu após debates e apresentação de dados junto à Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue. Com isso, o reconhecimento mundial amplia a compreensão sobre a diversidade biológica envolvida nos grupos sanguíneos humanos.

Os impactos médicos e científicos desse novo grupo sanguíneo raro

A descoberta do “Gwada negativo” proporciona avanços relevantes para a medicina transfusional, principalmente no atendimento a pessoas com perfis genéticos incomuns. Cada novo tipo identificado contribui para a precisão das transfusões e reduz riscos associados a incompatibilidades sanguíneas. Veja abaixo:

  1. Ampliação do conhecimento sobre diversidade genética na população humana.
  2. Desenvolvimento de exames mais detalhados para detecção de grupos raros.
  3. Melhoria nos protocolos de segurança em banks de sangue.
  4. Facilita o desenvolvimento de tratamentos personalizados para casos raros.

Além disso, o registro desse novo sistema também serve de base para pesquisas futuras e pode gerar benefícios para pacientes que necessitam de transfusões específicas, minimizando possíveis rejeições e reações adversas.

Como a descoberta pode ajudar em futuras transfusões sanguíneas?

Para pessoas com tipos de sangue raros, encontrar doadores compatíveis é um grande desafio. O reconhecimento do “Gwada negativo” permitirá que bancos de sangue e equipes médicas fiquem mais atentos a variantes raras, aprimorando a triagem e o acompanhamento desses pacientes. Além disso, a descoberta estimula estudos genéticos em populações distintas, visando identificar possíveis portadores semelhantes.

Com o avanço constante das tecnologias de sequenciamento de DNA, outras variantes sanguíneas incomuns podem ser descobertas, ampliando a rede de segurança para indivíduos com necessidades específicas. A atuação conjunta de organismos internacionais, especialistas em hemoterapia e bancos de sangue é fundamental para garantir o acesso a tratamentos mais adequados e seguros no cenário global.

O caso da paciente de Guadalupe serve como exemplo da complexidade genética presente na espécie humana e destaca a importância contínua da pesquisa na área de grupos sanguíneos. À medida que novas descobertas vêm à tona, cresce também a esperança de que mais pacientes possam ser beneficiados por avanços científicos voltados à individualização dos cuidados em saúde.

Tags: Diversidade GenéticaHematologiaMedicina TransfusionalTipo Sangüíneo
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