O pirarucu de casaca conquistou espaço nas mesas brasileiras como uma das receitas mais tradicionais da região Norte. Preparado com o peixe amazônico mais emblemático, esse prato une ingredientes típicos, resultando em uma combinação de sabores marcantes. A cada garfada, é possível perceber a influência da cultura ribeirinha e a valorização dos elementos naturais da Amazônia.
Com o passar das décadas, o pirarucu de casaca tornou-se presença obrigatória em festivais e encontros familiares, especialmente em estados como o Amazonas e o Pará. Além de saborear o prato, quem prepara conta com a oportunidade de se conectar com a tradição local e de transmitir os costumes de geração para geração.
O que é o pirarucu de casaca?
O pirarucu de casaca é uma iguaria típica da culinária amazônica, cujo principal ingrediente é o pirarucu, considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo. A receita também leva farinha de mandioca, banana-da-terra frita, ovos, azeitona e cheiro-verde, entre outros componentes. O prato é geralmente servido como prato principal em almoços ou jantares festivos.
O nome “casaca” faz referência à forma de montagem do prato, que lembra camadas de um casaco, alternando elementos e promovendo contraste entre texturas. Esta apresentação diferenciada ajuda a destacar o sabor suave do pirarucu defumado e salgado, harmonizando sabores doces, salgados e crocantes no mesmo preparo.
Como fazer pirarucu de casaca passo a passo?
Para quem deseja preparar o pirarucu de casaca de modo autêntico, é importante respeitar a sequência do preparo e escolher ingredientes de qualidade. Abaixo está uma sugestão tradicional de como executar essa receita regional:
- Preparar o peixe: Deixe o pirarucu de molho na água para retirar o excesso de sal, trocando a água algumas vezes ao longo de cerca de 6 horas. Escorra e desfie em lascas médias.
- Refogar os acompanhamentos: Em uma panela, refogue cebola, alho e pimentão no azeite. Acrescente o pirarucu desfiado e misture bem, deixando dourar levemente. Reserve.
- Fritar a banana-da-terra: Corte a banana em rodelas e frite em óleo quente até dourar. Escorra e reserve.
- Cozinhar os ovos: Cozinhe ovos até ficarem firmes, descasque e pique em pedaços ou rodelas.
- Montar as camadas: Em uma travessa, disponha a farinha de mandioca, seguida do pirarucu refogado. Acrescente bananas fritas, ovos, azeitonas e cheiro-verde, alternando camadas em boa apresentação.
- Finalizar: Regue azeite de oliva por cima e sirva ainda quente. O prato pode ser acompanhado de arroz branco ou vinagrete de cheiro-verde.

Quais ingredientes podem substituir o pirarucu?
Em algumas regiões do Brasil, encontrar pirarucu fresco ou seco pode ser um desafio. Nesses casos, pescados de carne branca e sabor suave, como bacalhau ou merluza, podem ser utilizados como alternativa. É importante adaptar o tempo de dessalgue conforme a escolha do peixe.
- Bacalhau: Permite uma experiência próxima ao original, especialmente quando dessalgado corretamente.
- Merluza ou robalo: Opções de sabor neutro e textura firme.
- Peixes regionais defumados: Também podem ser usados para manter o toque amazônico.
Quais dicas garantem um pirarucu de casaca perfeito?
Alguns detalhes fazem diferença para que o pirarucu de casaca fique equilibrado nos sabores e na textura. Manter o tempo de dessalgue correto preserva o sabor suave do peixe, evitando excessos de sal. A escolha da farinha de mandioca fina ou grossa pode ser ajustada de acordo com a preferência por crocância.
Outro ponto essencial é montar as camadas de modo que todos os ingredientes fiquem bem distribuídos, proporcionando harmonia em cada porção. Utilizar bastante cheiro-verde picado na finalização também realça o aroma e a coloração final do prato. Já as bananas-da-terra, quando fritas até atingirem um tom dourado, garantem um contraste de texturas que compõe a identidade da receita.
O pirarucu de casaca segue como referência da cozinha nortista no Brasil em 2025. Seja em almoços tradicionais ou eventos comemorativos, esse prato evidencia a riqueza culinária amazônica e preserva sabores característicos da região. Prepará-lo em casa valoriza ingredientes nacionais e aproxima ainda mais pessoas da diversidade cultural do Norte do país.










