O Dodô, uma ave endêmica das Ilhas Maurício, entrou para a história como um dos símbolos mais marcantes da extinção causada pela ação humana. Embora tenha desaparecido ainda no século XVII, a possibilidade de fazer o Dodô voltar a existir ganhou contornos reais com o avanço da biotecnologia. Em 2025, pesquisadores voltaram os olhos para o Pombo do Pacífico, uma espécie viva que pode desempenhar um papel fundamental na recriação do Dodô por meio de técnicas de engenharia genética.
No cenário atual, a combinação de tecnologia de edição gênica e o estudo de espécies relacionadas oferece esperança para trazer de volta animais extintos. O Pombo do Pacífico, geneticamente próximo do Dodô, está no centro dessas atenções, tornando-se peça-chave em projetos de desextinção. A pesquisa se baseia na proximidade evolutiva entre as aves, viabilizando a utilização do DNA contemporâneo do Pombo para reconstituir o perfil genético do Dodô.

Como o Pombo do Pacífico pode contribuir para o retorno do Dodô?
Com o Dodô extinto por mais de 350 anos, a ausência de espécimes vivos exige métodos inovadores para reviver a espécie. O Pombo do Pacífico surge como alternativa por ser o parente mais próximo ainda existente, facilitando o uso de seu material genético em projetos científicos. A comparação entre os genomas permite identificar diferenças essenciais, e a engenharia genética pode adaptar o DNA do Pombo para se aproximar do material genético original do Dodô.
Esse processo é detalhado em quatro etapas principais:
- Sequenciamento e análise do DNA fóssil do Dodô em busca de segmentos genéticos preservados.
- Mapeamento do genoma do Pombo do Pacífico para encontrar regiões semelhantes ao do Dodô extinto.
- Edição genômica com CRISPR ou tecnologias semelhantes, permitindo que cientistas modifiquem o DNA do Pombo, introduzindo genes característicos do Dodô.
- Implante do embrião em aves próximas, visando desenvolver filhotes com as características do Dodô.
Quais desafios envolvem a desextinção de aves extintas?
A desextinção do Dodô enfrenta barreiras consideráveis. Entre elas, o desafio de recuperar DNA antigo suficiente e em bom estado para análises detalhadas é constante, já que a maioria dos materiais genéticos disponíveis foi degradada pelo tempo. Além disso, o desenvolvimento embrionário exige um ambiente propício, o que pode demandar adaptações fisiológicas em espécies como o Pombo do Pacífico ao atuar como “mãe de aluguel”.
- Ética: Debates envolvem a reintrodução de uma espécie extinta em ecossistemas já alterados;
- Viabilidade ambiental: O habitat natural das Ilhas Maurício mudou significativamente desde o século XVII;
- Saúde dos animais: O possível impacto sobre os pombos do Pacífico utilizados nos experimentos precisa ser monitorado.
Apesar das dificuldades, os estudos sobre o Pombo do Pacífico se mostram cada vez mais relevantes para aumentar a precisão dos métodos de desextinção. O conhecimento obtido ao mapear seus genomas e padrões de desenvolvimento embriológico pode ser utilizado em projetos futuros para recriar outras espécies já desaparecidas.

O que a ciência espera da recriação do Dodô?
Expectativas científicas vão além do simples retorno de uma ave extinta. Com a recriação do Dodô, pesquisadores esperam ganhar insights sobre evolução, adaptação e impactos ambientais da introdução de espécies extintas. A experiência também pode aperfeiçoar abordagens de conservação e gerar debates sobre a preservação de animais ameaçados atualmente, servindo de alerta relevante para políticas ambientais globais.
Em 2025, iniciativas envolvendo o Pombo do Pacífico demonstram que a integração entre antropologia, biologia evolutiva e tecnologia pode transformar projetos antes tidos como ficção em temas de pesquisa consolidados. O Dodô, que desapareceu há séculos, agora representa um marco no potencial inovador da ciência moderna, com o Pombo do Pacífico ocupando papel central nesse processo de redescoberta genética.










