Nova série documental “Conversando com um serial killer” revela a história do Filho de Sam, chocando Nova York nos anos 1970 em 3 episódios
No ano de 1976, Nova York vivenciou uma onda de terror que mudou para sempre a percepção de segurança nas ruas da metrópole. A nova série documental, “Conversando com um serial killer: O Filho de Sam”, lançada neste 30 de julho pela Netflix, mergulha nesse período sombrio com riqueza de detalhes. A produção original apresenta um mosaico de depoimentos, inclusive entrevistas recentes e gravações inéditas, jogando luz sobre o medo, as dúvidas e as investigações em torno dos crimes cometidos por David Berkowitz.
Dividida em três episódios de aproximadamente uma hora cada, a série refaz o trajeto marcado por tiroteios que pareciam desprovidos de qualquer padrão. O mistério em torno do suspeito, acrescido da escalada de violência, multiplicou a ansiedade no cotidiano dos nova-iorquinos. Jornalistas, policiais e moradores relembram um tempo em que poucos ousavam sair de casa ao anoitecer.
O que motivou o surgimento de “Conversando com um serial killer”?
A série surge em um contexto de popularidade crescente dos documentários criminais, desenhando um retrato minucioso da explosão de crimes que sacudiu Nova York nos anos 1970. O público, ávido por compreender os mecanismos psicológicos e sociais por trás desses acontecimentos, recebe informações com base em relatos de quem vivenciou os fatos. “Conversando com um serial killer: O Filho de Sam” busca responder questões ainda debatidas sobre os métodos de investigação e sobre o impacto coletivo dos crimes cometidos por Berkowitz.

Como a série aborda o clima de medo na Nova York de 1976?
No primeiro episódio, “Cidade do Medo”, o espectador acompanha a escalada de pânico causada por uma série de tiroteios inesperados. A cobertura jornalística, ao registrar os acontecimentos quase em tempo real, ampliava o clima de incerteza. A polícia trabalhava incessantemente, tentando encontrar padrões ou qualquer elemento em comum entre as vítimas. Enquanto especialistas e agentes da lei buscavam respostas, os moradores vivenciavam restrições à rotina e ao lazer. O medo se espalhava em ritmo acelerado, alimentado pela sensação constante de vulnerabilidade.
Quem é David Berkowitz, o “Filho de Sam”?
David Berkowitz, também conhecido como “Filho de Sam”, se destacou como um dos criminosos mais notórios dos Estados Unidos. Ao longo dos episódios, a série revela como Berkowitz escolhia suas vítimas e a forma como passou a interagir, de maneira provocativa, com a imprensa. Em “Perambulando”, o segundo episódio, a narrativa se detém nesse jogo de gato e rato. Berkowitz enviava cartas diretamente aos jornais, adotando o pseudônimo “Filho de Sam” e aumentando a pressão sobre as autoridades. A personalidade calculista do autor dos crimes se evidencia, enquanto repórteres e detetives lutavam para decifrar pistas e antecipar seus próximos passos.
- Astucioso nas provocações à mídia
- Escolha aleatória das vítimas aumentava a tensão
- Pseudônimo “Filho de Sam” consolidou sua fama e aterrorizou ainda mais a cidade
Ninguém se sentia seguro: quais foram os desdobramentos do caso?
À medida que a sensação de impotência crescia, as autoridades reforçaram estratégias de policiamento e intensificaram a busca por provas. O esforço conjunto ganhou força no episódio final, intitulado “Ninguém está a salvo”. O documentário destaca não apenas a saga dos investigadores, mas também os efeitos psicológicos duradouros desse período na população da cidade. A mobilização social, com moradores colaborando com informações e pressionando por respostas, foi fundamental para o desenrolar do caso.
- Investigadores cruzaram depoimentos e evidências
- Pressão pública acelerou avanços nas investigações
- Impacto dos crimes ecoou por décadas nos hábitos sociais
A série “Conversando com um serial killer: O Filho de Sam” se destaca não apenas pela abordagem investigativa, mas também por expor o contexto social e cultural de uma Nova York abalada. Ao explorar a relação entre medo coletivo, meios de comunicação e trabalho policial, o documentário propõe reflexões sobre segurança, comportamento humano e a força da memória. A Netflix acerta ao trazer novas perspectivas ao revisitar a história de Berkowitz, ampliando o debate sobre crimes que deixaram marcas profundas na sociedade urbana.










