Um cachorro da raça golden retriever viralizou na internet ao aparecer triste em um vídeo por causa do fim das férias. O pequeno Atlas Hill, de apenas 9 meses, surgiu com expressão de tristeza após retornar do descanso com seus tutores. “Eu nasci para ser um cão de lago, isso não é justo”, diz a legenda do post.
Em diversos lares brasileiros, os cães são muito mais do que simples animais de estimação. Afinal, eles fazem parte da família e interagem com o ambiente de formas surpreendentes, inclusive demonstrando emoções que despertam empatia nos tutores. Por isso, a repercussão do episódio do cão aborrecido nas redes sociais trouxe à tona discussões sobre a sensibilidade desses animais e a maneira como eles percebem a rotina da casa. Imagens e registros de animais expressando sentimentos ganharam força, tornando-se tema de posts e comentários que destacam a importância da convivência entre humanos e seus pets. Especialmente em períodos de retorno à rotina, muitos tutores observam mudanças no comportamento de seus cães.

Como os cães demonstram sentimentos?
Os especialistas em comportamento animal destacam que, apesar de não experimentarem as emoções humanas na mesma intensidade, os cães são capazes de expressar sinais de afeto, ansiedade e até mesmo comportamentos similares à tristeza. Isso ocorre principalmente por meio da linguagem corporal, como orelhas baixas, olhar cabisbaixo e falta de interesse em brincadeiras. Essas reações são frequentemente interpretadas pelos tutores como resposta à redução da companhia durante a volta à rotina.
- Orelhas e cauda baixas: indicam desânimo ou necessidade de conforto.
- Distanciamento: alguns cães preferem ficar sozinhos quando sentem falta da presença dos membros da família.
- Letargia: a diminuição da atividade pode ser observada após períodos de intensa interação, como férias ou feriados.
Por que os cães sentem a ausência dos tutores?
O vínculo criado entre humanos e cães é resultado de décadas de convivência. Esses animais costumam adaptar sua rotina à dos residentes da casa, o que faz com que períodos prolongados de interação, como nas férias, promovam maior apego. Quando essa dinâmica é alterada, como no retorno ao trabalho e escola, o cão pode expressar sinais de desconforto com a mudança repentina.
Alguns fatores que contribuem para essa reação incluem o hábito de passeios diários, maior atenção dispensada durante as férias e a presença prolongada do tutor em casa. Quando essas situações são interrompidas, o animal pode apresentar sintomas de ansiedade por separação, como latidos excessivos, destruição de objetos e comportamentos repetitivos.

Quais cuidados ajudam o cão na volta à rotina?
Para minimizar eventuais sinais de tristeza nos cães após o fim de períodos de convivência intensa, especialistas recomendam algumas estratégias práticas. A introdução de novas atividades, brinquedos interativos e rotinas de passeios auxilia a manter o bem-estar do animal durante a readaptação ao dia a dia sem a companhia constante da família.
- Oferecer brinquedos: estimula o intelecto e reduz o tédio em momentos de ausência dos tutores.
- Manter uma rotina de passeios: mesmo curta, ajuda a proporcionar estímulos físicos e mentais.
- Utilizar enriquecimento ambiental: esconder petiscos ou distribuir objetos diferentes pela casa torna o ambiente mais atrativo.
O episódio de um cachorro demonstrando “tristeza” pelo fim das férias amplifica o debate sobre a importância do cuidado emocional com os pets. Estar atento aos sinais de mudança no comportamento e buscar formas de adaptar a rotina pode garantir que o bem-estar do cão seja mantido, independentemente das mudanças no cronograma da família.










