No início de 2025, o influenciador Luva de Pedreiro tornou-se foco de discussões ao ser diagnosticado com bradicardia e internado em uma UTI cardíaca. Esse quadro chamou mais atenção para a condição, que afeta milhares de brasileiros todos os anos. A bradicardia consiste em uma frequência cardíaca considerada mais baixa que o normal, algo que pode gerar sintomas importantes e, em alguns casos, exigir cuidados médicos imediatos.
Apesar de parecer um problema exclusivo de atletas ou idosos, a diminuição do ritmo do coração pode atingir qualquer pessoa. O diagnóstico correto depende da avaliação de um especialista, que considera tanto os sintomas como o histórico do paciente. O caso recente do influenciador trouxe à tona a relevância de compreender as causas, sintomas e tipos de tratamento desse distúrbio cardíaco.
O que é bradicardia e como ela afeta o coração?

A bradicardia acontece quando o coração bate menos de 60 vezes por minuto em repouso. Em algumas situações, como em atletas bem condicionados, isso não representa risco. No entanto, para a maioria, essa lentidão no batimento pode indicar uma alteração no funcionamento do sistema elétrico do coração. O órgão, ao não bombear sangue de forma adequada, dificulta a circulação de oxigênio pelo corpo, prejudicando órgãos e tecidos.
As origens do problema variam. Entre as mais comuns estão envelhecimento, problemas no próprio nó sinusal (responsável pelos impulsos elétricos do coração), uso de certos medicamentos e distúrbios hormonais. Em casos agudos, a bradicardia pode se manifestar repentinamente, assim como ocorreu com Luva de Pedreiro, necessitando de internação e monitoramento rigoroso para evitar complicações graves.
Quais são os sinais e sintomas da bradicardia?
Perceber os sintomas da bradicardia pode ser um desafio, já que alguns indivíduos não sentem nada. Entretanto, há sinais que merecem atenção:
- Tontura ou sensação de desmaio
- Fadiga persistente, mesmo sem esforço exagerado
- Palpitações ou batidas cardíacas irregulares
- Dificuldade de respirar, principalmente em repouso
- Dores no peito e confusão mental
Esses indícios geralmente aparecem porque, ao funcionar de forma mais lenta, o coração não consegue suprir as exigências do corpo, em especial durante atividades cotidianas. Quando a frequência cardíaca diminui abruptamente, o risco de desmaio aumenta devido à falta de irrigação cerebral adequada, exigindo ação rápida para evitar complicações.
Bradicardia tem cura? Como é feito o tratamento?

No tratamento da bradicardia, o objetivo central é normalizar os batimentos do coração e tratar possíveis causas subjacentes. O manejo varia de acordo com a gravidade e o motivo do quadro. Assim, para casos leves ou assintomáticos, apenas o acompanhamento periódico pode ser suficiente. Já para situações com sintomas preocupantes, a equipe médica costuma adotar diferentes estratégias:
- Ajuste de medicamentos: Quando remédios são os responsáveis pela queda dos batimentos, o ajuste da dosagem ou substituição da substância costuma resolver o problema.
- Correção de distúrbios: Alterações hormonais ou eletrolíticas podem ser tratadas para restaurar o ritmo normal do coração.
- Implante de marcapasso: Em casos persistentes e graves, o dispositivo eletrônico assume a função de regular o batimento cardíaco, garantindo a estabilidade e a segurança do paciente.
Pessoas diagnosticadas com o distúrbio devem manter acompanhamento regular para monitorar possíveis alterações. Muitas melhoram com medidas simples, mas outras necessitam de intervenção definitiva, similar ao que ocorre em quadros mais críticos, como o vivenciado por Luva de Pedreiro.
Por que a bradicardia exige atenção imediata em alguns casos?
Em situações onde a bradicardia leva a sintomas graves, a procura por atendimento médico urgente torna-se indispensável. A lentidão excessiva do ritmo cardíaco pode levar à falta de oxigenação do cérebro, ao surgimento de arritmias ainda mais contraproducentes e até à parada cardíaca. Internações em unidades de terapia intensiva visam monitorar cada batimento do paciente, identificando rapidamente qualquer alteração que coloque a vida em risco.
Especialistas reforçam a importância de reconhecer sinais precoces e buscar avaliação médica diante de qualquer dúvida. Quanto mais cedo se identifica a bradicardia, maiores as chances de recuperação e controle da condição. Isso não apenas preserva a saúde cardíaca, mas também reduz o impacto de eventuais complicações no cotidiano do paciente.
Fatores de risco e prevenção da bradicardia
Certos elementos podem aumentar o risco de desenvolver uma frequência cardíaca mais lenta que o normal. Entre eles, destacam-se:
- Idade avançada
- Presença de doenças cardíacas prévias
- Uso de medicamentos que afetam os batimentos
- Distúrbios metabólicos ou hormonais
- Exposição ao frio intenso
Adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas regulares e evitar automedicação, diminui as chances de enfrentar esse quadro. Consultas regulares ao cardiologista também contribuem para a detecção precoce e o manejo adequado das alterações de ritmo cardíaco.
Entender o que é a bradicardia, reconhecer seus sintomas e saber como agir em situações de emergência faz diferença no prognóstico dos pacientes. Casos como o de Luva de Pedreiro mostram que a informação continua sendo uma grande aliada, permitindo a tomada de decisões rápidas e assertivas diante de situações de risco.







