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‘O Auto da Compadecida’: a história da peça teatral que ganhou destaque no cinema

Por Neto
20/10/2025
Em Entretenimento
O Auto da Compadecida

Ao longo dos anos, a adaptação de "O Auto da Compadecida" para o cinema e a televisão ampliou o alcance dessa história, tornando-a uma paixão entre diferentes gerações de espectadores - Divulgação

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A peça “Auto da Compadecida” se destaca como uma das obras mais conhecidas da literatura e do teatro brasileiro. Escrita por Ariano Suassuna em 1955, a peça é um marco da cultura popular nordestina, trazendo personagens, cenários e costumes característicos dessa região. Ao longo dos anos, sua adaptação para o cinema e a televisão ampliou o alcance dessa história, tornando-a uma paixão entre diferentes gerações de espectadores.

O enredo acompanha as aventuras de João Grilo e Chicó, dois homens humildes e astutos que vivem no sertão da Paraíba. Assim, unidos pela necessidade e pela criatividade diante das adversidades, eles enfrentam figuras caricatas e desafios, sempre com muita engenhosidade e humor. A crítica social e a mistura entre o real e o fantástico são elementos constantes, que contribuem para a riqueza do texto.

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As adaptações cinematográficas de “Auto da Compadecida” desempenharam papel fundamental na difusão da obra. O primeiro filme, com o título “Compadecida”, foi lançado em 1969, dirigido por George Jonas, Armando Bógus como João Grilo, Antônio Fagundes como Chicó e Regina Duarte no papel da Compadecida. Em 2000, a história ganhou uma nova versão, que se consagrou através da minissérie com adaptação e direção de Guel Arraes, posteriormente transformada em filme homônimo de 2000. Nessa adaptação, os protagonistas foram brilhantemente interpretados por Matheus Nachtergaele (João Grilo) e Selton Mello (Chicó), além das participações marcantes de Fernanda Montenegro (A Compadecida), Lima Duarte (Padre), Rogério Cardoso (Bispo) e Denise Fraga (Dora). Em 2024, o mesmo Guel Arraes lançou “O Auto da Compadecida 2”, também com boa recepção de público e crítica.

Ariano Suassuna
Escrita por Ariano Suassuna em 1955, a peça é um marco da cultura popular nordestina, trazendo personagens, cenários e costumes característicos dessa região – Igor Almeida Suassuna/Wikimedia Commons

Como se desenvolve a história de Auto da Compadecida?

O roteiro da peça é repleto de situações inusitadas, onde o improviso e a esperteza dos protagonistas são colocados à prova. João Grilo, personagem central, notabiliza-se pela inteligência e jeito irreverente de lidar com os problemas do cotidiano. Por sua vez, Chicó é mais inseguro e medroso, mas acompanha o amigo em todas as confusões. Diante disso, a dupla enfrenta padres, um bispo, cangaceiros e até figuras sobrenaturais.

Além do humor, a peça lida com temas profundos como injustiça, pobreza e a relação com a fé. Os personagens se envolvem em situações onde precisam enganar figuras de autoridade para garantir sua sobrevivência. Portanto, o jogo entre certo e errado, vivo tanto no sertão quanto na peça, possui ironia refinada e criatividade.

Qual a importância de “Auto da Compadecida” para a cultura brasileira?

Muitos estudiosos reconhecem a peça como um retrato fiel do Brasil nordestino. Por isos, a obra alcança públicos de diferentes origens graças à universalidade de suas questões. Não apenas o uso do regionalismo na linguagem, mas também a valorização das pequenas histórias do povo simples criaram uma conexão direta com leitores e espectadores. O auto, tradicionalmente uma peça popular que misturava elementos teatrais sacros e profanos, ganha aqui novas camadas de significado sob o olhar de Ariano Suassuna.

  • Valorização da cultura popular: O texto incorpora ritmos, ditados e tradições do sertão, promovendo um olhar mais atento ao cotidiano e às manifestações artísticas do interior do Brasil.
  • Atualidade dos temas: Questões tratadas na peça, como desigualdade social e ética, permanecem relevantes décadas após sua criação.
  • Aceitação popular: Adaptações para diferentes mídias ajudaram a difundir ainda mais a história e seus personagens.

Não se limitando ao palco, “Auto da Compadecida” foi transformada em minissérie e filme na virada do milênio, alcançando novas gerações. A televisão, especialmente, contribuiu para eternizar falas marcantes e eternizar o carisma de João Grilo e Chicó.

O Auto da Compadecida
A galeria de personagens construídos por Suassuna é variada e apresenta figuras que simbolizam diferentes aspectos da sociedade nordestina – Divulgação

Quais são os principais personagens do Auto da Compadecida?

A galeria de personagens construídos por Suassuna é variada e apresenta figuras que simbolizam diferentes aspectos da sociedade nordestina. Entre eles, destacam-se:

  1. João Grilo: Protagonista astuto, símbolo da esperteza do homem comum diante das dificuldades.
  2. Chicó: Companheiro medroso e contador de causos, traz leveza e ironia ao enredo.
  3. Padre e Bispo: Representam a Igreja e a autoridade religiosa, muitas vezes retratados de maneira satírica.
  4. Severino do Aracaju: Cangaceiro temido, personagem que imprime tensão às aventuras da dupla.
  5. A Compadecida (Nossa Senhora): Figura central do desfecho, responsável por intermediar o julgamento final e oferecer misericórdia aos personagens.

Cada um desses personagens cumpre funções importantes na trama, ajudando a construir as críticas sociais e os momentos cômicos característicos da peça.

Por que “Auto da Compadecida” permanece relevante em 2025?

Mesmo setenta anos após sua publicação, a peça de Ariano Suassuna segue atual, principalmente por tratar de temas universais, como justiça, corrupção e fé. A forma como a obra mistura elementos religiosos e profanos também estimula reflexões sobre o Brasil profundo e suas contradições. Sua valorização do folclore e do modo de vida sertanejo construiu um vínculo duradouro com a cultura nacional.

Dessa forma, “Auto da Compadecida” ultrapassa as barreiras regionais e temporais, se consolidando como referência obrigatória para quem deseja compreender a literatura popular, o teatro e o cinema brasileira em suas diversas linguagens e interpretações. Seja na sala de aula, no palco ou na tela, a obra permanece viva na memória do país.

Tags: Ariana SuassunaCinemaCulturaO Auto da CompadecidaSelton MelloTeatro
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