Um dos acessórios mais tradicionais do vestuário masculino, a gravata possui uma história repleta de curiosidades e mudanças ao longo dos séculos. Muito além de um simples enfeite, esse item foi símbolo de elegância e de status social em diferentes momentos da história. Atualmente, ela marca presença em reuniões de trabalho, eventos solenes e até mesmo nas escolas mais tradicionais. Assim, ela segue relevante mesmo diante das constantes transformações da moda.
A gravata atravessou fronteiras culturais, migrando de suas origens militares até estrelar vitrines de grifes sofisticadas mundo afora. A cada geração, ela se reinventa em cores, formatos e materiais, sem perder sua importância no guarda-roupa contemporâneo. Com o passar do tempo, diferentes estilos foram adotados, refletindo desde normas sociais até preferências pessoais.

Quando surgiu a gravata e quem a criou?
Seu surgimento remonta ao século XVII, durante a Guerra dos Trinta Anos, período em que soldados mercenários croatas utilizavam um pedaço de tecido amarrado ao pescoço, chamado de “cravate”. Este adorno, que de início tinha a função de identificar a nacionalidade das tropas, rapidamente chamou a atenção da nobreza francesa, que passou a adotar a peça como símbolo de sofisticação. Ao longo do século XVIII, a gravata se popularizou entre aristocratas e se espalhou por diversas partes da Europa.
Com o tempo, a peça evoluiu tanto em design quanto em significado. No século XIX, a gravata ganhou novos formatos e jeitos de ser amarrada, como resultado de inovações da indústria têxtil e das mudanças de comportamento social. No século XX, o acessório passou a incorporar mais funcionalidades, servindo também como parte do uniforme corporativo no contexto da ascensão dos escritórios e do ambiente de negócios.
Quais são as principais curiosidades sobre gravatas?
Ao longo dos séculos, a gravata adquiriu funções e representações inéditas. Uma das curiosidades é que, durante a Revolução Francesa, o modo de amarrar a gravata chegou a ser utilizado para comunicar filiações políticas. Outra peculiaridade interessante é a existência de técnicas variadas de nó, como o tradicional Windsor, o nó Simples e o nó Borboleta, este último muito utilizado em eventos de gala. A quantidade de nós possíveis ultrapassa a centena, cada qual com um efeito visual diferente.
- Primeira gravata moderna: A versão parecida com a atual foi patenteada na década de 1920, quando alfaiates começaram a criar modelos mais estreitos e compridos, utilizando novos tecidos como seda e poliéster.
- Moda e cinema: Ícones das telonas popularizaram estilos de gravata, como o nó borboleta imortalizado por James Bond.
- Superstições: Em algumas culturas, acredita-se que a escolha da cor da gravata pode influenciar questões profissionais e pessoais.

Como escolher a gravata ideal?
A seleção da gravata envolve considerar fatores como ocasião, padrão da roupa e preferências pessoais. Em ambientes formais, tons sóbrios e tecidos finos costumam ser preferidos, enquanto eventos mais descontraídos permitem o uso de gravatas coloridas e estampadas. A largura da gravata também deve harmonizar com o tipo de colarinho e o corte do terno, conferindo equilíbrio visual ao conjunto.
- Observe o dress code do evento ou local.
- Combine o padrão e tecido da gravata com a camisa.
- Atente para a largura da gravata em relação à lapela do paletó.
- Escolha nós adequados à largura e comprimento da peça.
- Use acessórios, como prendedor de gravata, se desejado, para um toque extra de sofisticação.
Apesar das releituras da moda e da informalidade crescente em ambientes de trabalho em 2025, a gravata mantém seu espaço e simbolismo. Seja como elemento indispensável no guarda-roupa profissional ou recurso estilístico em ocasiões especiais, o acessório segue atravessando gerações, sempre adaptando-se ao contexto contemporâneo e ao estilo de quem a utiliza.









