O Dia Nacional das Abelhas, celebrado em 3 de outubro, chama atenção para esses insetos extraordinários, essenciais para a polinização e manutenção de ecossistemas em todo o planeta. Assim, marcando presença em quase todos os ambientes onde existem flores, as abelhas desempenham um papel fundamental na produção agrícola e na preservação da biodiversidade, sendo indispensáveis tanto para o equilíbrio da natureza quanto para a economia.
Embora a Apis mellifera seja a espécie de abelha mais conhecida, principalmente pela produção de mel, existem mais de 25 mil espécies catalogadas em todo o mundo. No Brasil, destaca-se a grande diversidade, incluindo abelhas nativas sem ferrão, como a Jataí e a Manduri. Além disso, estas espécies convivem em diferentes tipos de ambientes, desde cidades até florestas, adaptando-se conforme as características locais. Seu modo de vida pode variar bastante, indo de sociedades extremamente organizadas até abelhas solitárias.
Quais são as principais espécies?
Elas apresentam uma impressionante variedade de formas, cores e comportamentos. Visíveis em cinco continentes, há exemplos marcantes: a Apis mellifera, largamente empregada na apicultura internacional, e as abelhas sem ferrão do grupo Meliponini, muito comuns em território brasileiro. No cotidiano do campo, produzem mel, própolis, cera e geleia real, além de seu papel insubstituível como agentes polinizadores.
Entre as abelhas sem ferrão, é possível destacar não apenas a Jataí, mas também a Mandaguari e a Iraí. Já as abelhas europeias e africanas, mais agressivas por conta de seu ferrão, costumam ser criadas com cruzamento direcionado, aumentando a produtividade dos apiários. Todas, independente do grupo, contribuem para a polinização de centenas de espécies vegetais, fortalecendo, dessa forma, a produção de alimentos e o funcionamento dos ambientes naturais.

Como acontece a reprodução das abelhas?
O ciclo reprodutivo das abelhas impressiona pela sofisticação e colaboração. Nas abelhas sociais, a rainha é a única fêmea do grupo responsável por botar ovos. Durante o chamado “voo nupcial”, ela acasala com vários machos, os zangões, armazenando o esperma necessário para fertilizar milhares de ovos ao longo da vida. Quando novas rainhas nascem, confrontos podem acontecer, já que normalmente apenas uma delas permanece no comando da colmeia.
- Rainha: Responsável pela postura dos ovos e liderança.
- Zangões: Machos que garantem a fertilização da rainha.
- Operárias: Cuidam das larvas, constroem os favos e defendem a colmeia.
Já nas espécies sem ferrão, como aquelas do gênero Meliponini, o sistema pode ser ainda mais complexo. Por exemplo, algumas espécies apresentam múltiplas rainhas na mesma colônia, e ocasiões especiais podem ativar operárias para botar ovos viáveis.

Por que as abelhas são fundamentais para o planeta?
A principal missão das abelhas envolve a polinização, processo no qual transportam pólen entre flores, possibilitando a produção de frutos e sementes. Como resultado, garantem a reprodução de plantas agrícolas e silvestres. Atualmente, cerca de 75% das culturas alimentares dependem, em diferentes graus, da visita desses polinizadores. Assim, frutas, legumes, sementes e oleaginosas só chegam à mesa dos brasileiros e de outros povos graças à atuação constante das abelhas.
Além desse papel ecológico, a atividade apícola e a meliponicultura geram renda para muitas famílias, especialmente no meio rural. A produção de mel, cera, própolis e outros derivados valoriza cadeias produtivas em diversas regiões. Ainda, o destaque vai para uma característica preocupante: o declínio global das populações de abelhas, que acende alertas sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos e destruição de habitats essenciais. Portanto, é fundamental adotar práticas de preservação para garantir o futuro desses importantes polinizadores.
- Auxiliam a sustentabilidade agrícola e ambiental
- Contribuem para a segurança alimentar
- Movimentam atividades econômicas
- Fortalecem cadeias de produtos naturais
Quais ameaças as abelhas enfrentam atualmente?
Um dos maiores desafios para as abelhas no ano de 2025 continua sendo a perda de seus habitats naturais, muitas vezes substituídos por monoculturas e regiões urbanizadas. Além disso, o uso crescente de pesticidas prejudica a saúde desses insetos, enfraquecendo o sistema imunológico e afetando a microbiota que protege contra doenças. Mudanças climáticas também comprometem o ciclo de florescimento das plantas, dificultando o acesso ao alimento.
Ao celebrar o Dia Nacional das Abelhas, a discussão sobre práticas agrícolas sustentáveis, redução do uso de agrotóxicos e estímulo à preservação de abelhas nativas torna-se fundamental. Portanto, o respeito a esses polinizadores é garantia de saúde, economia e equilíbrio ambiental para as próximas gerações.









