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Geração Z: como o excesso de informação molda essa geração

Por Larissa
29/12/2025
Em Curiosidades
Geração Z: como o excesso de informação molda essa geração

Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina

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A geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1997 e 2012, cresceu em um cenário marcado por mudanças rápidas, instabilidade e excesso de informações. Em muitos relatos, esse grupo demonstra uma percepção de mundo associada à insegurança, sensação de ameaça constante e dificuldade em acreditar em um futuro previsível. A palavra-chave “geração Z” costuma aparecer ligada a medo, ansiedade e desconfiança, especialmente quando o assunto envolve política, economia, meio ambiente e segurança.

Essa leitura de realidade não surge de forma isolada. Desde a adolescência, grande parte desses jovens foi exposta a acontecimentos como pandemia, crises econômicas recorrentes, debates polarizados e notícias sobre violência. Somam-se a isso redes sociais que amplificam todo tipo de conteúdo, muitas vezes sem filtro ou contexto. Portanto, o resultado é um cotidiano em que a geração Z convive com alertas constantes, o que influencia o modo como pensa, decide e se relaciona, impactando saúde mental, expectativas profissionais e até a forma de consumir informação.

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Por que a geração Z associa o mundo ao medo e à instabilidade?

Ao analisar as principais experiências que marcaram essa faixa etária, é possível observar alguns fatores que ajudam a entender essa visão mais sombria do mundo. Entre eles estão a pandemia de Covid-19, o aumento da discussão sobre crises climáticas, a exposição a casos de violência em escolas e o contato contínuo com discussões políticas acirradas. Esses eventos chegam até a geração Z por meio de telas, em tempo real, muitas vezes acompanhados de imagens e comentários alarmistas. Então, a sensação de urgência se intensifica e os jovens sentem que nunca podem relaxar totalmente.

Essa exposição constante tende a reforçar a ideia de que o risco está sempre presente. O medo deixa de ser algo pontual, ligado a um fato específico, e passa a funcionar como um pano de fundo que orienta a forma de interpretar o mundo. Em vez de enxergar problemas como situações temporárias, muitos jovens percebem um cenário permanente de ameaça, no qual qualquer decisão, por menor que pareça, pode trazer consequências graves. Entretanto, essa mesma percepção também leva parte da geração Z a buscar mais informação, organizar dados, acompanhar projetos sociais e tentar compreender as causas dos acontecimentos.

Especialistas em saúde mental apontam que essa combinação de crises sucessivas e fluxo intenso de informações pode manter corpo e mente em estado de alerta. Em vez de fragilidade, observa-se uma sobrecarga emocional. Muitos integrantes dedsa geração amadurecem enquanto lidam com perdas, incertezas e notícias negativas em ritmo acelerado, sem tempo adequado para organizar emoções e construir uma sensação sólida de segurança. Portanto, não surpreende que aumentem as buscas por terapia, autocuidado, meditação e práticas de regulação emocional, já que esses recursos oferecem uma forma concreta de lidar com a ansiedade cotidiana.

Geração Z, medo do futuro e impacto nas escolhas do dia a dia

Quando a realidade é percebida como instável, o planejamento de longo prazo se torna um desafio. Diversos jovens relatam dificuldade em imaginar um futuro estável em áreas como trabalho, finanças, moradia e até relacionamentos. Nessa perspectiva, a geração Z tende a priorizar opções consideradas mais seguras, mesmo quando não correspondem ao que faz mais sentido em termos de interesses pessoais. Em suma, o medo do futuro interfere diretamente na construção de projetos de vida.

Isso aparece, por exemplo, na escolha de carreiras, na decisão de morar sozinho ou de adiar determinados projetos. Em vez de perguntar o que desejam construir, muitos se perguntam o que pode dar menos errado. Esse tipo de raciocínio não impede que façam planos, mas altera o critério de decisão, deslocando o foco do propósito para a proteção contra riscos. Alguns jovens optam por áreas que parecem mais estáveis financeiramente, buscam múltiplas fontes de renda, estudam finanças pessoais desde cedo e, ao mesmo tempo, mantêm um plano B para caso algo mude rapidamente.

Outro elemento frequente é o chamado cinismo, isto é, a sensação de que o esforço individual ou coletivo produz pouco impacto prático. Quando a geração Z observa desigualdades persistentes, problemas ambientais e crises políticas recorrentes, pode surgir a ideia de que mobilizações, estudos ou trabalho não geram mudanças significativas. Essa percepção reduz a motivação, afeta o engajamento em causas sociais e enfraquece a crença na transformação por meio de instituições tradicionais. Muitos jovens canalizam essa frustração para iniciativas independentes, projetos de empreendedorismo social, ativismo digital, movimentos de base e colaboração em comunidades específicas.

  • Dificuldade em fazer planos de longo prazo;
  • Busca por caminhos mais seguros, mesmo sem identificação pessoal;
  • Sensação de impotência diante de problemas coletivos;
  • Menor confiança em governos, justiça e outras instituições.

Como a geração Z lida com relações e confiança em um mundo visto como arriscado?

A forma como a geração Z enxerga o mundo também se reflete nas relações interpessoais. O medo de julgamento e de conflitos faz com que muitos jovens evitem conversar sobre temas considerados polêmicos, como política, economia, direitos sociais e questões de gênero. Em vez de debates profundos, os diálogos tendem a ser mais superficiais, focados em assuntos tidos como neutros. Então, surgem bolhas de convivência em que certas opiniões dificilmente aparecem, o que limita trocas mais complexas.

Essa postura está ligada, em parte, à experiência em redes sociais, onde erros, opiniões impopulares ou mudanças de posição podem ser expostos e criticados em grande escala. Assim, cresce a cautela ao expressar ideias, o que pode levar ao isolamento ou à sensação de precisar estar sempre “preparado” para se defender. Relações de confiança acabam construídas com mais lentidão, principalmente em ambientes novos. Portanto, a geração Z costuma valorizar autenticidade, comunicação direta e acordos claros sobre limites, privacidade e respeito.

A desconfiança não atinge apenas pessoas, mas também sistemas que organizam a vida em sociedade, como governos, partidos e o próprio sistema de justiça. A geração Z observa notícias de corrupção, violência, desigualdade e demora na resolução de problemas, o que contribui para uma visão de instituições distantes e pouco protetivas. Em resposta, muitos jovens buscam apoio em redes informais, grupos específicos e comunidades online, onde sentem maior identificação. Entretanto, essa busca por nichos e redes alternativas também abre espaço para solidariedade, apoio mútuo, colaboração em projetos independentes e novas formas de participação política menos tradicionais.

  1. Evitar temas sensíveis em conversas cotidianas;
  2. Demora para confiar em novas pessoas e ambientes;
  3. Preferência por grupos menores ou comunidades específicas;
  4. Crítica e distância em relação a instituições tradicionais.

FAQ – Perguntas frequentes sobre a geração Z e o medo do mundo atual

1. A geração Z é mais ansiosa do que outras gerações?
Estudos recentes indicam níveis mais altos de ansiedade entre a geração Z, em comparação com gerações anteriores. Entretanto, hoje existe mais abertura para falar sobre saúde mental, mais acesso a diagnósticos e mais informação sobre transtornos, o que também aumenta a percepção e o registro desses casos.

2. Como família e escola podem apoiar a geração Z?
Família e escola ajudam quando criam espaços de escuta sem julgamento, validam emoções e oferecem informações claras sobre futuro profissional, cidadania e finanças. Em suma, orientações práticas, diálogo frequente e apoio emocional consistente contribuem para reduzir a sensação de ameaça constante.

3. Redes sociais só fazem mal para a geração Z?
Não. Redes sociais também funcionam como fonte de aprendizado, mobilização e apoio. Portanto, o impacto depende de como os jovens usam essas plataformas. Definir limites de tempo, filtrar conteúdos e seguir perfis que inspiram e informam com responsabilidade tende a gerar efeitos mais positivos.

4. A geração Z é realmente “desengajada” politicamente?
Muitos jovens se afastam de partidos e instituições tradicionais, porém isso não significa ausência de engajamento. Então, várias pessoas da geração Z participam de causas específicas, ativismo digital, projetos locais, voluntariado e iniciativas independentes, que nem sempre aparecem nas formas clássicas de participação política.

5. O que a geração Z pode fazer, na prática, para lidar melhor com o medo do futuro?
Alguns passos concretos incluem: organizar uma rotina mínima de autocuidado, buscar apoio profissional quando possível, criar metas pequenas e realistas, desenvolver educação financeira básica, reduzir comparações com outras pessoas nas redes e se envolver em projetos que gerem algum tipo de impacto local. Portanto, ações simples, repetidas ao longo do tempo, constroem uma sensação maior de controle e perspectiva.

Tags: ansiedadedepressãoGeração Z
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