O Festival de Cinema de Veneza reúne anualmente artistas e cineastas em um dos eventos mais tradicionais da sétima arte. Criado em 1932, o ele o festival de cinema mais antigo do mundo, tendo seu início na histórica cidade italiana como parte da Bienal de Veneza, um evento dedicado às artes desde o final do século XIX. Ao longo das décadas, o Festival de Veneza consolidou-se como uma vitrine global para o cinema de autor e um espaço privilegiado para o lançamento de tendências e revelação de talentos.
Durante a cerminônia de abertura da edição de 2025, grandes nomes do cinema internacional desfilaram pelo tapete vermelho, como Fernanda Torres, Cate Blanchett e Tilda Swinton. Aliás, a brasileira está no júri que irá eleger o vencedor do Leão de Ouro de melhor filme. Esse ambiente de celebração destaca tanto a consagração de novos talentos quanto a homenagem a figuras que marcaram a história do cinema mundial.
Neste mesmo palco, o diretor Francis Ford Coppola realizou um discurso especial ao entregar o Leão de Ouro ao cineasta alemão Werner Herzog. A premiação, símbolo máximo do festival, prestou reconhecimento à relevante trajetória de Herzog no universo cinematográfico. O evento reafirma a importância de valorizar carreiras que contribuíram de maneira significativa para o desenvolvimento da arte e para a reflexão cultural global.

Os principais destaques brasileiros no Festival de Veneza em 2024
O cinema brasileiro teve uma presença marcante na edição anterior do festival, ocorrida em 2024. O filme “Ainda Estou Aqui”, com direção de Walter Salles, alcançou o prêmio de Melhor Roteiro. Aliás, o feito não acontecia desde 1981, quando “Eles Não Usam Black-tie”, de Leon Hirszman, foi contemplado. Esse reconhecimento destaca a crescente visibilidade das produções nacionais em grandes festivais internacionais e evidencia o talento e a poesia presentes no audiovisual brasileiro.
Inspirado em uma história real, “Ainda Estou Aqui” levou o Oscar de Melhor Filme Internacional neste ano. A trama retrata a perseverança de Eunice Paiva na busca pela verdade sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens. O elenco conta com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que interpretam Eunice em diferentes fases da vida da personagem, além de Selton Mello no papel de Rubens. O roteiro, baseado em fatos, reforça o compromisso do cinema nacional em abordar temas históricos e sociais, além de dar voz a histórias pouco conhecidas pelo grande público.
Como são escolhidos os premiados no Festival de Veneza?
O processo de seleção e premiação no Festival de Veneza engloba uma comissão de jurados composta por profissionais de diferentes áreas do cinema mundial. Estes especialistas avaliam critérios como criatividade, originalidade e impacto cultural das obras participantes. A diversidade do júri confere legitimidade às escolhas e garante avaliações sob diferentes auspicies, contemplando tanto a inovação estética quanto a relevância dos temas abordados.
O reconhecimento por meio do Leão de Ouro, prêmio mais cobiçado do evento, destaca produções que apresentam excelência cinematográfica e relevância artística. O Leão de Ouro foi instituído em 1949 e, desde então, consolidou-se como um símbolo maior do cinema mundial. Na edição de 2025, o grande vencedor foi “The Room Next Door”, dirigido por Pedro Almodóvar, consolidando a tradição do festival em premiar diretores consagrados no cenário mundial.

Brasil e o impacto das premiações internacionais no cinema nacional
Quando uma produção brasileira é laureada em festivais como o de Veneza, os reflexos se manifestam tanto na valorização do cinema nacional quanto no estímulo à criação de novos projetos. O reconhecimento internacional contribui para ampliar o alcance das obras brasileiras, promovendo a diversidade cultural e estimulando o surgimento de novos talentos.
- Maior visibilidade internacional: festivais ampliam o público das produções nacionais.
- Reconhecimento de temáticas locais: aproxima o público internacional dos desafios e histórias do Brasil.
- Estímulo à produção cultural: prêmios motivam novos investimentos e parcerias no setor audiovisual.
A cerimônia do Festival de Veneza em 2025 deixou clara a força e a pluralidade do cinema contemporâneo. Tanto as homenagens a nomes como Werner Herzog quanto a consagração de produções brasileiras evidenciam o dinamismo de um setor em constante transformação, onde artistas de diferentes origens contribuem para narrativas que atravessam fronteiras e unem culturas.










