A morte de Dom Pedro Casaldáliga, expoente da Teologia da Libertação e defensor dos povos indígenas, causou consternação em vários setores da sociedade. Conhecido por suas posições políticas, o bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), faleceu neste sábado (8/8), aos 92 anos. Ele estava internado em Batatais (SP), em consequência de problemas respiratórios agravados pelo Mal de Parkinson.
Por meio de nota, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se solidariza com a Prelazia de São Félix do Araguaia e a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria pelo falecimento do bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) e Missionário Claretiano.
“Dom Pedro marcou sua vida pela solidariedade em relação aos mais pobres e sofridos, fazendo de seu ministério, sua poesia e sua vida um canto à solidariedade. Preocupado em “nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar”, contempla agora o Deus da Vida, a quem buscou servir em cada pobre, em cada sofredor”, destaca a CNBB.
O ex-governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, se declarou muito triste com a morte do “grande bispo humanista que dedicou sua vida a defender os povos oprimidos especialmente índios e trabalhadores rurais. Que seu exemplo anime todos nós”. A Força Sindical exaltou igualmente o bispo católico espanhol, radicado no Brasil desde 1968.
“Além de religioso, era poeta, escritor, um militante político contra as injustiças, perseguições e crimes cometidos pelo latifúndio predatório no Brasil, um verdadeiro democrata e um incansável defensor das causas sociais, humanistas e da espiritualidade”, afirma a entidade.
A deputada Juliana Cardoso (PT-SP), ativista dos movimentos sociais e sindical, ressalta que Casaldáliga “estará sempre presente e viverá nas nossas lutas”. “Hoje, o céu te recebe com a gratidão daqueles que cumpriram o bom combate e completaram a jornada. Vá em paz, querido bispo dos pobres”.
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