Perícia encontra sangue em chão de apartamento de menino que caiu da janela em BH

Polícia Civil não trabalha, inicialmente, com hipótese de homicídio; garoto de 9 anos havia discutido com a mãe momentos antes

Guilherme Peixoto - Estado de Minas
Deborah Lima - Estado de Minas
postado em 19/08/2020 17:04 / atualizado em 19/08/2020 17:09
 (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
(crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Peritos da Polícia Civil encontraram vestígios de sangue na cozinha do apartamento em que morava o menino de 9 anos que morreu após se jogar da janela. O caso ocorreu nesta quarta-feira, no Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Segundo o delegado Vinícius Dias, a corporação irá analisar o material encontrado. O objetivo é saber se o sangue é da criança ou do frango que a empregada cozinhava naquele momento. "Vamos identificar se é sangue humano", garantiu o chefe das investigações.

A Polícia Civil, inicialmente, não trabalha com a hipótese de homicídio. M.S. morreu após passar pela tela que protegia uma das janelas de um apartamento do 4° andar do edifício.

O menino caiu de uma altura de aproximadamente 15 metros. Ele morava com a mãe, Ana Carolina, o pai, Rafael, a irmã e a avó. No momento do incidente, M.S. estava com a empregada da família.

Discussão

Agentes da Polícia Militar relatam que M.S. teria discutido com a mãe pouco antes do episódio. Ana Carolina teria chamado a atenção do filho por estar muito tempo mobilizado em atividades no computador. A mulher então desligou o aparelho, o que teria deixado o menino irritado. Em seguida, ela saiu de casa para levar a avó do garoto a uma consulta médica.

M.S. aproveitou a brecha para tentar sair do edifício, mas foi barrado pelo porteiro. Ele então voltou para casa e, pouco tempo depois, foi visto já desacordado na calçada pela empregada. Ela teria ligado para o pai da criança e acionado a PM.

Muito abalada, a mãe chegou a ser levada ao hospital, em estado de choque. A irmã da criança, de 18 anos, também ficou muito abalada, assim como a funcionária da família, que precisou ser amparada por vizinhos. Ela relata que fazia o almoço e cuidava dos afazeres da casa no momento da queda.

O corpo de M.S. foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A perícia avalia a cena do incidente e deve se pronunciar ainda esta tarde.

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