CASO ANDERSON DO CARMO

'Assassino onde achar' e 'veneno legal': o que revela histórico de buscas dos filhos de Flordelis

Filha da deputada Flordelis recorreu à internet para encontrar formas de assassinar o pastor Anderson do Carmo

Uma das filhas da deputada Flordelis (PSD-RJ), Marzy Teixeira da Silva foi encarregada de encontrar uma pessoa para executar o pastor Anderson do Carmo — cujo assassinato, segundo as investigações, teve Flordelis como mentora. Em seu histórico de buscas na internet, a polícia encontrou termos como "assassino onde achar" e "veneno para matar que seja legal". As informações são do portal G1.

As buscas, descobertas por investigadores da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, incluem ainda as expressões "cianeto de cobre pa (sic) comprar no Rio", "veneno para matar pessoa que seja legal", "veneno para matar pessoa que seja letal", "alguém da barra pesada" e "barra pesada online".

Anderson foi morto com 30 tiros em 16 de junho de 2019. Antes disso, conforme o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o pastor teve a comida envenenada ao menos seis vezes.

Ainda segundo o G1, Marzy confessou, em depoimento, ter procurado e contratado o irmão adotivo Lucas César para matar Anderson. Os dois estão presos.

Flordelis é acusada de arquitetar o homicídio, reunir e convencer todos os envolvidos a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também teria financiado a compra da arma e avisado da chegada de Anderson em casa no dia do crime.

De acordo com o MPRJ, o motivo do crime “seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família”. O casal tinha 55 filhos, sendo apenas 4 biológicos.

Na última segunda-feira, a polícia cumpriu nove mandados de prisão, sendo que seis deles foram contra filhos de Flordelis e um contra uma neta da deputada. A cantora não é alvo de mandado de prisão por deter imunidade parlamentar, por estar em exercício de mandato. Nestes casos, a Constituição veda a prisão cautelar que não seja a prisão em flagrante delito. O MP pediu à Justiça o afastamento do cargo público, entre outras medidas cautelares como o comparecimento mensal de Flordelis ao juízo.

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