Infância perdida

Pai é preso por ameaçar, estuprar e engravidar a filha de 14 anos em Goiás

Para pressionar a filha a não denunciar os abusos, o pai a obrigava a assistir vídeos violentos de estupradores sendo espancados na cadeia

Hellen Leite
postado em 14/10/2020 09:42 / atualizado em 14/10/2020 11:05
 (crédito: Arte/CB/D.A Press)
(crédito: Arte/CB/D.A Press)

Um homem foi preso acusado de estuprar e engravidar a filha adolescente, em Anápolis, no centro goiano. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), os estupros aconteceram quando a menina tinha entre 10 e 14 anos, de 2013 até 2016. O homem estava foragido havia quatro anos e foi capturado na cidade de Araguaína (TO), após a conclusão da investigação e a decretação da prisão preventiva.

De acordo com os autos, foi a mãe da vítima que denunciou o homem por abusar da filha. O pai obrigava a criança a manter relações sexuais com ele e mostrava vídeos de estupradores apanhando na cadeia, dizendo que “se ela contasse os fatos para alguém, aquilo iria acontecer com ele”.

Quando a menina ficou grávida, aos 14 anos, o abusador passou a incentivá-la a arrumar um namorado e a manter relação sexual com ele, a fim de atribuir a outra pessoa a paternidade da criança. Assim que soube que os abusos tinham sido noticiados à Polícia Civil, o indivíduo abandonou a casa e o emprego e fugiu. A criança fruto do abuso sexual nasceu meses depois.

Agora, o homem está preso e à disposição da Justiça. Ele foi acusado de estupro de vulnerável.

Estupro de vulnerável

De acordo com a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no ano passado, o Brasil registrou 66.041 casos de violência sexual em 2018. Desse total, 81% das vítimas foram mulheres e 53% tinham até 13 anos. Ou seja: quatro meninas de até 13 anos foram estupradas por hora no país.

Em 76% dos casos de estupro de vulnerável, o agressor é um parente ou amigo próximo à família da vítima e o abuso acontecem em ambiente familiar. Ainda segundo a pesquisa, o grupo mais atingido por esse tipo de violência são meninas muito jovens: 26% tinham no máximo nove anos.

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