PERSPECTIVAS 2020

Pandemia faz brasileiro pedir prioridade para a saúde, diz pesquisa

O pessimismo em relação ao desemprego é grande, mas, segundo levantamento, expectativa de trabalho para melhora da situação ficou para o ano que vem

Jailson R. Sena*
postado em 16/11/2020 16:17 / atualizado em 16/11/2020 16:17
 (crédito: Warley de Andrade/TV Brasil)
(crédito: Warley de Andrade/TV Brasil)

Na opinião dos brasileiros, em meio à pandemia do novo coronavírus, saúde deve ser a principal prioridade do governo, com 28% (maior número da série histórica); emprego, com 16%, ficou em segundo lugar. Outro ponto que chama a atenção é que metade da população (48%) entrevistada recebeu algum auxílio durante a pandemia. Esses dados fazem parte da pesquisa Perspectivas 2020: Expectativa dos Brasileiros com o Cenário Político & Social, realizada pela parceria Acrefi-Kantar.

Ao todo, 66% dos entrevistados apontaram que o desemprego, nos próximos meses, deve aumentar. E a maioria dos participantes (31%) acredita que a situação só melhorará no segundo semestre de 2021. Uma fatia expressiva (28%) estima que a crise se arraste para 2022.

Além disso, o sentimento de preocupação com o país está elevado e 56% da população registraram pontos de preocupação. As perspectivas para 2021 também acompanham esse sentimento: os entrevistados acreditam que o Brasil não deve crescer no próximo ano e que a propensão a fazer financiamentos é menor.

Luís Eduardo da Costa Carvalho, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), destaca que há um movimento, até por conta da pandemia, de readequação do consumo. “Quem possui veículo próprio talvez venda esse ativo em primeiro lugar. Os que puderem andar de bicicleta, patinete ou mesmo a pé recorrerão a esses recursos. Mas até por segurança, no segundo momento, a compra do automóvel ganhará força”, pontuou.

Contas em dia

Para o especialista, o resultado de que 58% das pesssoas não têm contas a pagar em atraso é algo extremamente positivo. “Todos acreditavam que o cenário de retomada se alongaria, mas começou a acontecer um movimento de reversão, de tração. Isso até surpreendeu, positivamente, o mercado financeiro”, afirmou Carvalho.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

 

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