O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou, nesta quinta-feira (26/11), portaria que libera R$ 324 milhões a estados, Distrito Federal e municípios, para investimento equipamentos, reorganização e qualificação do cuidado e assistência a gestantes, parturiente, recém-nascidos, puérperas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"Tive gêmeos prematuros. Eu fui premiado também com dois anjinhos e hoje eles têm 19 anos e estão cada um na missão por aí. Então, fica esse pensamento que estamos juntos nessa missão", contou Pazuello no início do discurso. "É muito importante reforçar o acompanhamento da gestação na atenção primária. Inclusive durante a pandemia, nada mudou. Acontece tudo de forma simultânea. Não podemos ter medo de procurar a unidade de saúde para que o acompanhamento e o momento do parto ocorram de forma que o neném nasça com maior segurança possível".
Na ocasião, a pasta lançou uma série de ações para fortalecer e ampliar o acesso e o cuidado às gestantes e aos recém-nascidos no SUS. O evento faz alusão ao Novembro Roxo, mês da conscientização para os cuidados e prevenção da prematuridade.
Michelle teve um “probleminha de saúde”
A cerimônia também contou com a presença da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, parlamentares, representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e membros da sociedade civil. A presença da primeira dama Michelle Bolsonaro era esperada, no entanto, segundo a ministra Damares, Michelle teve um “probleminha de saúde” e não pode chegar ao evento.
Números
Fundadora e presidente da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani, foi uma das homenageadas pelo trabalho com foco na assistência a prematuros. Em discurso, ela destacou que, por dia, nascem no país aproximadamente 930 bebês antes da 37ª semana de gestação, colocando o Brasil entre os 10 países com maior maior número de partos prematuros.
"São, todos os dias, quase mil famílias passando pela traumática experiência da prematuridade. Muitas delas acabam de braços e berços vazios. Outras terão de lidar com as consequências de um parto antecipado pelo resto da vida, seja pelo trauma emocional ou pelas sequelas impostas aos seus bebês".
Segundo Suguitani, o problema "social e intersetorial, agravado pela pandemia" traz um impacto anual de, no mínimo, R$ 8 bilhões aos cofres públicos. "A prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade e, aqui, bem debaixo dos nossos olhos, causa 10 vezes mais mortes de crianças do que o câncer", frisou, agradecendo o olhar "inédito" à causa e a participação dos diferentes Poderes na elaboração dos planos de ação.
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