PANDEMIA

Covid-19: Saúde retira detentos de lista prioritária para vacinação

Procurada, pasta informou, em nota, que os grupos prioritários ainda estão sendo definidos. "Plano de Nacional de Imunização ainda é preliminar, e o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases podem sofrer alterações"

Natália Bosco*
postado em 09/12/2020 12:38 / atualizado em 09/12/2020 15:02
 (crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)
(crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)

Oito dias após definir os grupos prioritários para vacinação contra a covid-19, o Ministério da Saúde anunciou a retirada da população carcerária da lista. Até o fim da manhã desta quarta-feira (9/12), contudo, não foram divulgadas quaisquer explicações a respeito da decisão.

Em 1° de dezembro, o Ministério da Saúde havia informado quais seriam os primeiros imunizados contra o novo coronavírus. O plano fora dividido em quatro etapas.

Os primeiros da lista são os profissionais de saúde, idosos com mais de 75 anos (ou moradores de asilos a partir de 60 anos) e indígenas.

Idosos entre 60 e 74 anos são o segundo grupo prioritário. Portadores de doenças crônicas vêm logo após.

Seriam vacinados, depois, os trabalhadores da área da segurança — policiais e funcionários do sistema prisional —, e a população carcerária, agora fora da lista de prioridade.

Versão da pasta

Procurado, o Ministério da Saúde informou que os grupos prioritários ainda estão sendo definidos. "A definição de grupos de risco (e posteriormente de grupos prioritários para serem vacinados) depende dos estudos epidemiológicos e dos resultados da fase III de cada vacina, que definirão a bula do imunológico. É importante ressaltar que os grupos prioritários ainda estão sendo definidos pelo Ministério da Saúde. O Plano de Nacional de Imunização ainda é preliminar, e o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases podem sofrer alterações".

Acrescentou em nota, também, que "o Brasil e o mundo ainda carecem de mais estudos quanto à taxa de transmissibilidade e de letalidade para que se justifique a priorização do grupo daqueles privados de liberdade. Além disso, a inclusão de outros grupos prioritários ocorrerá à medida em que mais doses e vacinas sejam disponibilizadas — após licenciamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos acordos de aquisição de vacinas".

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

 

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