VACINA

Butantan vai pedir autorização de uso emergencial da CoronaVac

Com o prazo de 10 dias para análise da Anvisa, previsão seria de ter já no dia 15 de janeiro as doses a serem utilizadas, antecipando o início da vacinação em São Paulo

Sarah Teófilo
postado em 17/12/2020 14:43 / atualizado em 17/12/2020 15:54
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta quinta-feira (17/12) que irá pedir autorização de uso emergencial da vacina CoronaVac, produzida em parceria com a farmacêutica chinesa SinoVac. Após o pedido, ele estima que com o prazo de 10 dias para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seja possível iniciar a vacinação em São Paulo a partir do dia 15 de janeiro — antecipando cronograma, previsto para começar vacinação no dia 25.
"Declaramos que iríamos fazer o pedido de registro, vamos fazer o pedido de registro na China e no Brasil. E vamos também dar entrada no pedido de uso emergencial aqui no Brasil. Se fizermos isso na semana que vem, como está programado, no dia 23, isso significa que na primeira semana de janeiro poderemos ter uma manifestação da Anvisa. Ou seja, a partir de janeiro, é possível que tenhamos autorização para o uso da vacina. A partir do dia 15, portanto, teremos, nesse cronograma 9 milhões de doses para serem usadas nos brasileiros", disse Covas.

O governo de São Paulo já fechou a compra de vacinas do Butantan há meses. Quando anunciou o cronograma de vacinação, no entanto, no início deste mês, o governador João Doria (PSDB) disse que não iria pedir autorização de uso emergencial. O pedido de registro, segundo ele, seria definitivo, o que permitiria uma vacinação mais ampla, não tendo que ser restrita a grupos específicos, como é o caso dos imunizantes de uso emergencial.
No início da semana, quando o governo de SP falou que a divulgação do resultado de eficácia da CoronaVac seria adiado, foi apontado que isso seria feito para pedir o registro definitivo da vacina. Agora, será feita a solicitação emergencial assim como a definitiva. A divulgação da eficácia foi mantida para semana que vem.

Plano nacional

Covas ainda falou sobre a incorporação da vacina no Plano Nacional de Imunização, apresentado na última quarta-feira (16) pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. No documento, constava o nome da vacina CoronaVac, o que já foi visto como uma vitória.
"Nesse momento, a vacina não pode ficar na prateleira, tem que ir para o braço dos brasileiros. E esperamos que o PNI, além da vontade manifesta de incorporar a vacina Butantan, de fato faça a formalização, assine os documentos que permitam que o Butantan entregue essas vacinas ao Ministério", afirmou.
 

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