Diferente do que afirmou a Turquia nesta quinta-feira (24/12), no Brasil a vacina CoronaVac não atingiu 90% de eficácia. A informação foi de Jean Gorinchtey, Secretário estadual de Saúde do Estado de São Paulo, em entrevista de rádio para a CBN.
"Não temos informação (da porcentagem) por questão de sigilo absoluto do Instituto Butantan, mas não atingiu 90%. Mas mesmo não atingindo isso, os valores menores, acima de 50%, estão em níveis que nos permitem fazer redução de impacto de doença na população", pontuou Gorinchteyn.
A eficácia de 50%, é importante lembrar, garante o mínimo exigido pela Organização Mundial de Sáude (OMS) para a produção em massa de vacinas.
Gorinchtey ainda declarou que o valor de eficácia abaixo de 90% já era esperado pelo governo: "Todas as vacinas que são formuladas por fragmentos de vírus acabam produzindo menos anticorpos com que com vírus vivos, que chamamos atenuados, como sarampo e febre amarela, produzem proteção menor. Sabíamos que a efetividade jamais atingiria 90%, mas o que nós não imaginamos é que a empresa objetivava um resultado próximo em todos os países".
“Lá embaixo”
Na noite desta quinta, durante uma live, o presidente Bolsonaro comentou a eficácia da CoronaVac afirmando “A eficácia daquela vacina de São Paulo está lá embaixo, está lá embaixo. Não vou divulgar percentual aqui porque se eu errar 0,001% vou apanhar da mídia, mas o percentual parece que está lá embaixo levando-se em conta a outra”.
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