Covid-19

Anvisa ainda não recebeu nenhum pedido de uso emergencial

Fiocruz planeja entrar com pedido ainda esta semana. Uma nova reunião entre a fundação e a agência reguladora, realizada nesta terça (5), discutiu o andamento das ações

Bruna Lima
postado em 05/01/2021 12:57
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Enquanto vários países do mundo já iniciaram suas vacinações contra a covid-19 em caráter excepcional, o Brasil segue discutindo e ajustando os trâmites para entrar com o pedido de uso emergencial para aplicação das doses em grupos específicos. Nesta terça-feira (5/1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou uma nova reunião com técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do laboratório AstraZeneca, a fim de alinhar as ações referentes ao imunizante desenvolvido em conjunto com a Universidade de Oxford.

Apesar dos avanços, o fato é que, no Brasil, nenhuma desenvolvedora de imunizantes entrou com o pedido de uso emergencial ou de registro da vacina. "A troca de informações deve continuar nos próximos dias", informa a Anvisa, por meio de nota oficial. A Fiocruz promete formalizar o pedido ainda esta semana, envolvendo as doses importadas do Instituto Serum da Índia, um dos centros de produção do imunizante.

Neste caso, a Anvisa precisa fazer uma análise complementar, averiguando "a comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle", explica a agência.

A importação chegou a ser questionada após o presidente do instituto Serum, Adar Poonawalla, dizer que o governo indiano não iria permitir a exploração da vacina produzida no país. No entanto, uma negociação diplomática envolvendo o Ministério das Relações Exteriores reverteu a situação e, agora, a expectativa é que cheguem em janeiro ao Brasil duas milhões de doses da vacina de Oxford produzidas na Índia.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação