PANDEMIA

Covid-19: ministro Eduardo Pazuello garante vacinação em janeiro

Chefe da pasta da Saúde reforçou nesta quarta-feira (13/1) que distribuirá o imunizante até quatro dias após a aprovação do uso emergencial feito pela Anvisa, e que vacina será distribuída simultaneamente em todos os estados

Sarah Teófilo
Maria Eduarda Cardim
postado em 13/01/2021 11:24 / atualizado em 13/01/2021 11:51
 (crédito: Reprodução/Facebook)
(crédito: Reprodução/Facebook)

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (13/1), em pronunciamento em Manaus (AM), que o país começará a vacinação contra covid-19 ainda neste mês de janeiro. O general frisou que “ninguém receberá a vacina antes de Manaus”, ao mesmo tempo em que afirmou que o imunizante será distribuído simultaneamente em todos os estados, seguindo a proporção da população. “Manaus terá essa prioridade”, disse.

Pazuello vinha citando datas alternativas para início do plano de imunização contra a covid-19, sendo a mais otimista o dia 20 de janeiro. Outros períodos apontados seriam do dia 20 de janeiro a 10 de fevereiro; ou do dia 10 de fevereiro a início de março;

Ele reforçou que a distribuição da vacina será feita até quatro dias após a aprovação do uso emergencial feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que está prevista para acontecer no próximo domingo (17), quando a diretoria colegiada da agência se reunirá para decidir sobre os pedidos do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). E ressaltou que, mesmo se não houver a autorização no dia 17 e a Anvisa se alongar até o dia 20 ou 22, ainda assim, a vacinação começará em janeiro.

Pazuello falou sobre as vacinas CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, que no Brasil será produzida em parceria com o Instituto Butantan, e a de Oxford/Astrazeneca, que no país tem a parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Neste momento, entretanto, são dois milhões de imunizantes de Oxford vindos da Índia e seis milhões de doses prontas vindas da China.

O ministro afirmou que o avião que buscará as doses de vacina na Índia sairá do Brasil ainda nesta quarta. “Hoje, decola o avião para ir buscar as duas milhões de doses da Índia. É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto”, disse.

Ele ressaltou que “a vacina induz a produção de anticorpos”, que não é “no dia seguinte”. “A literatura fala de 30 a 60 dias. Não é tomar a vacina no dia 20, e no dia 22 estar na rua fazendo festa. Nem vai resolver o problema de estrutura e tratamento precoce em Manaus. Nós não temos 30 dias, 60 dias, para esperar a imunização total. A vacina faz parte de uma estratégia, mas a estratégia principal é o que eu estou fazendo aqui, é o tratamento da Unidade Básica de Saúde (UBS). É o diagnóstico clínico feito pelo médico. O médico não pode se furtar de fazer o diagnóstico clínico”, disse.

Atraso

Apesar do atraso do Brasil no quesito início de vacinação em relação a outros países do mundo, Pazuello tem rebatido as críticas ao frisar que o país está no caminho certo. “Numa pernada, somos o país que mais imuniza no mundo em janeiro, sem contar fevereiro, março, abril, maio, junho, que entram as grandes quantidades de vacinas”, disse, ao falar sobre o início da aplicação das doses.

“Nós somos o país que mais imuniza no mundo. Sempre fomos. Nós vacinamos 300 milhões de doses por ano, e vamos fazer igual com a vacina contra covid-19. O resto é apenas pressão política, partidária, de bandeiras, de interesses particulares. Não saímos do nosso rumo nenhum minuto”, completou.

Levantamento feito na plataforma Our World In Data, da Universidade de Oxford, mostra que já foram aplicadas no mundo 29,4 milhões de doses. Os Estados Unidos lideram o ranking, com 9,3 milhões de aplicações, seguidos pela China, com 9 milhões, Reino Unido, com 2,8 milhões, e Israel, com 1,9 milhões. Apesar dos números, o ministro fez questão de citar um país que ainda não começou a imunizar: o Japão. "O Japão, que é referência no mundo em termos de desenvolvimento, primeiro mundo, só começa a vacinar em março", afirmou.

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